terça-feira, dezembro 23, 2008

Feliz Natal 2008

Porque o tempo é escasso, este espaço tem andado um bocado às "moscas". No entanto, não queria deixar de desejar a todos os meus leitores um óptimo Natal de 2008 e um 2009 com uma mão cheia de sonhos realizados.

Nós por cá estamos bem, as férias hoje iniciadas vão dar-nos um pequeno interregno pelo menos laboral. Passamos o Natal cá, mas no dia 26 rumamos à praia da T. para carregarmos um pouco as baterias com os nossos pequenos "meninos-Jesus". Voltamos dia 5 de Janeiro.

Beijos a todas

quinta-feira, dezembro 04, 2008

Acerca da "ajuda" marital e não só

Este post, é dedicado aos homens, maridos, companheiros, espectadores e afins. É um texto que obviamente não pretende ser regra, mas que acredito se aplicará em muitos (e muitos) casos, quer as respectivas consortes queiram admitir ou não.

O homem, espécie muito estranha, tem pretendido ao longo dos últimos 2 séculos (finais do XX e inicios do XXI), mostrar-se liberal, actual, esconder as suas raízes verdadeiras de homem de "cro-magnon". Alardeiam aos sete ventos que são homens modernos, que acham a igualdade das mulheres uma coisa fantástica e blá, blá, blá.

Ora, a verdade é que na hora H a coisa não é bem assim, em vários ramos da nossa vida quotidiana, por exemplo, homens a exercer as mesmas funções das mulheres em geral ganham mais, etc.

Na vida doméstica então, a discrepância é gritante. Porque a igualdade da mulher é muito bonito e tal, mas umas são mais iguais que outras...

Eles "ajudam", a pôr a louça na máquina;
Eles "ajudam", a mudar umas fraldas aos miúdos (os que ajudam claro);
Eles "ajudam" a dar banho aos miúdos mas esquecem-se que eles precisam de roupa e eles NÃO SABEM onde está a roupa;
Eles "ajudam" a dar o jantar aos miúdos, mas NÃO SABEM onde está o jantar, quanto tempo demora a aquecer, ou a que horas deve ser servido (isto já para não dizer que se forem eles a ter de fazer o jantar as crianças bem podem morrer à fome ou então comem da "telepizza");
Eles "ajudam" sentando-se à mesa a jantar a comidinha preparada por nós, depois de termos chegado de trabalhar dado banho aos miúdos, termos aquecido e servido e dado o jantar aos mesmos, enquanto com a nossa quinta mão disponível fazíamos o jantar para todos;
Eles "ajudam" a avolumar roupa suja na lavandaria porque NÃO SABEM colocá-la na máquina e pôr a dita a lavar, tirar a roupa e estendê-la então, é coisa para ETS;
Eles "ajudam", quando os miúdos estão doentes a dormirem profundamente enquanto nós temos de nos levantar há hora certa para darmos a medicação, verificar o febre ou simplesmente quando os miúdos choram;
Eles "ajudam" a dizerem-nos que têm horas a cumprir e portanto não podem chegar atrasados quando as coisas se complicam de manhã para sair de casa (nós não temos horários claro!);
Eles "ajudam" a queixar-se que não têm tempo para os seus momentos de lazer e que sem eles não aguentam a pressão do seu trabalho, da sua vida, etc (nós não temos pressão nenhuma, até somos desocupadas, e a entidade patronal paga-nos o ordenado pelos nossos olhos lindíssimos);
Eles "ajudam" a fazer tantas coisas que até me canso de as enumerar.

O mais engraçado, é que quando reclamamos da imensa ajuda prestada, eles mostram sempre quão afortunadas nós somos, porque até existem outros que nem uma fralda aos filhos mudam...
E portanto nós mulheres de sorte nem devemos sequer reclamar porque fomos abençoadas com uma sorte extraordinária por os termos encontrado no nosso caminho.

Existem mulheres que engolem a cantilena, e ficam a meditar acerca da verdadeira sorte grande que lhes saiu porque até têm um marido que as ajuda a fazer umas coisitas e vão fazendo as suas múltiplas tarefas, estouradas e resignadas. Outras há que reagem e isso depois acaba por gerar uma série de discussões intermináveis.

A verdade é que quando chega ao fim do mês, eles como homens modernos que são não se importam nada que o nosso rendimento "ajude" a economia familiar, afinal, estamos em pleno século XXI e eles são homens modernos.

Apercebemo-nos que pouca coisa mudou desde o tempo das nossas avós. O que mudou, foi que a nossa dita independência serviu para nos escravizar ainda mais. Porque hoje somos fonte geradora de riqueza, trabalhamos ombro a ombro com os homens, ganhamos tanto ou mais do que eles, mas na nossa vida quotidiana continuamos a fazer o que faziam as nossas avós e depois delas as nossas mães. Acredito que hajam homens que partilhem de igual maneira as tarefas domésticas, mas tenho a certeza que são mais os que se baldam a elas.

Beijos a todas

terça-feira, novembro 25, 2008

O Inverno é sempre uma altura do ano pouco frutífera... O frio não deixa que a inspiração cresça, e vamos deixando ficar parados os nossos projectos literários e não só. Não se lê, não se escreve, não se tem vontade de fazer nada a não ser estar numa saudável letargia em algum sítio quente e confortável.

É certo que o meu tempo é cada vez menor. Tem o trabalho remunerado que ocupa grande parte do meu tempo, e depois tem aquele que não é remunerado que ocupa o resto. As poucas horas sobrantes, são para dormir ou pelo menos tentar.

A verdade, é que a minha qualidade de vida caíu em flecha após o nascimento dos meus filhotes. Se antes já tinha pouco tempo, agora é crítico, existem dias em que saio de casa sem sequer pentear o cabelo...

Estão numa fase terrorífica. Mexem em tudo, querem ver tudo, disputam tudo. E principalmente o passarinho louro, é um verdadeiro "acidente ambulante". Mexe nos bicos do fogão e já aprendeu a acendê-los, abre os armários e esvazia tudo o que lá tiver; Adora ouvir o barulhos dos tachos e panelas a bater no chão, entra para dentro dos armários; Sobe para cima das mesas sofás, cadeiras e afins (por vezes caí claro!);

A princesinha, mais reservada e cautelosa, também adora fazer das dela e adora ir para as gavetas da roupa do quarto deles e atirar em todas as direcções as roupas guardadas e passadas a ferro, e quando eu furiosa pergunto "M. que estás a fazer" ela responde candidamente "M. a trabalhai..."

Perco muitas vezes as estribeiras, fico verde, azul, rôxa... Quando tenho de arrumar coisas vezes sem conta, quando estou 10 minutos para mudar uma fralda, quando apanho os cacos de algo que se partiu.

Sinto-me mal... Arrependo-me, mas inevitavelmente volto a fazer o mesmo. Eles estão na fase de testar os limites, e levam a tarefa muito a sério. Ás vezes questiono, tudo: A maternidade, a minha capacidade para ser mãe, tudo, enfim...

Hoje fiquei com o carro preso na garagem. Eles adoram agarrar-se ao puxador da garagem, antes de eu lá chegar com a chave para abrir. Hoje o meu passarinho (enfant terrible), lá se agarrou uma vez mais cheio de força, quando cheguei lá e meti a chave, vi que o puxador estava solto e que devia ter partido... Não abria! Tive de chamar alguém para me vir rebentar a fechadura para poder tirar o carro e sair... Cheguei ao trabalho às 10h30 com os nervos em franja...

As relações conjugais também sofrem invariávelmente com a chegada dos pequenos rebentos. O cansaço de ambos leva-nos a discutir mais, as diferentes perspectivas sobre educação também. Ás vezes fico farta de me ouvir reclamar com ele e ele comigo... Esta tem sido mais uma prova de fogo no nosso casamento, vamos a ver se ele aguenta esta pressão.

Costumo dizer que a minha vida está em suspenso, que quero que eles cresçam mais um pouco e se tornem mais independentes para poder retomar o fio da minha vida, porque desde há 20 é por eles e para eles. Senão também não fazia sentido.

Beijos a todas

quarta-feira, novembro 05, 2008

Paris

Já fui e já voltei, a cidade da "Luz" lá estava, igual a si própria. Muito frio, alguma chuva e o trânsito caótico em hora de ponta.

Fui a trabalho, mas pude também disfrutar de umas "voltinhas", porque é sempre bom ver o que há de novo, e rever o antigo que me deslumbra como sempre.

É tudo "très, très chèr", e quando vagueamos por ruas como a "Avenue Montagne" (por exemplo), a estupefacção raia a indignação, quando vemos montras com vestidos a custar 19.000€, casas de "griffe" onde um simples blazer custa 3500€. E pensamos, que realmente existe muito dinheiro no mundo, o que acontece simplesmente é que está mal distribuído... E depois ainda falam em crise... Meus amigos, quem tinha dinheiro continua a ter, quem não tinha continua a não ter e agora tem um pouco menos (saldo negativo??!!).

Vemos as "damas do petróleo" chegarem com os seus "chauffeurs" (sim porque isto para ser chique temos de ter a palavra em francês) e assistentes. Entrarem nas ditas lojas que estão guardadas por porteiros enluvados. Sentarem os vastos traseiros nas poltronas forradas a peles ou a veludos e vemos começar o desfile de cabides e roupas. Não falam sequer, apontam com o dedo indicador as suas preferências. Dali a pouco é vê-las sair da loja com os "chauffeur" e assistentes carregados com os sacos, entram na loja seguinte e repete-se o cenário por várias vezes...

No extremo oposto, vemos o restante "povo" que anda no metro, que de antiquando, não tem sequer rampas para o acesso dos carrinhos de bebé, vemos o que passam as mães que precisam de se deslocar dali para acolá e têm de transportar os bebés, os carrinhos, os sacos, para entrarem num Metro sobrelotado. As crianças com caras translucidas e aspecto pouco saudável, que circulam por aqueles corredores longe do sol...

Realmente, a nossa perspectiva muda quando somos mães, olhamos mais à nossa volta, qualquer criança nos faz lembrar as "nossas" crianças que deixamos em casa e das quais temos tantas saudades que chega a doer. Vemos que realmente, até podemos ganhar menos do que aqueles franceses, mas que a nossa qualidade de vida é 200% superior.

Eles ficaram sem a mãe pela primeira vez na vida deles. Sentiram, principalmente o meu passarinho louro. Eu também pela primeira vez, senti-me como se faltasse qualquer coisa de mim. Aproveitei para dormir umas noitinhas sem interrupção (santo Lexotan!), e para fazer umas refeições completas sem ter de me levantar 2000 vezes (pelo menos!). Mas faltava qualquer coisa...

Voltei de noite, ainda estavam acordados quando cheguei. Quando entrei pela porta de casa, só ouvi o pai dizer "olha a mamã!" e aparece logo um coelhinho louro de pijama azul a correr para se atirar nos meus braços, nem tive tempo de pousar a mala... A coelhinha logo a seguir, mas mais comedida a minha princesa.

Confesso que tinha medo que se esquecessem de mim... Ainda são muito pequenos... Mas a mãe deles é a mãe deles, e só adormeceram os dois na minha cama grudados a mim, com medo que eu desaparecesse outra vez. São a minha riqueza!

Beijos a todas

sexta-feira, outubro 17, 2008

Bolotas

"Mamã mão!" "Mamã mão!" - pego-lhe na mão, o irmão corre mais à frente. Tenta conduzir-me onde pretende mostrar-me alguma coisa. Dirige-se a um velho tronco de árvore e diz: "mamã buota", entendo o termo "bolota", mas não percebo o contexto. Volta a repetir: "mamã buota", de repente olho e vejo um buraquinho no tronco da árvore, está cheio de bolotas. O irmão chega a correr e trás mais duas bolotas nas mãos, delicadamente coloca-as no buraquinho, batem palmas os dois... Eu também. Têm um armazém de bolotinhas os meus pipizes, no tronco de uma árvore velha...

Já sabem o que são bolotas, pinhas, cogumelos, relva, árvores, pássaros, musgo... Vivem em contacto com a natureza. Sujam as roupas, os sapatos, as mãos e as unhas parecem as das "meninas da Ribeira do Sado" que lavram a terra com as "unhas dos pés".

O que eles querem é andar cá fora a correr, a ver a laranjas verdes nas árvores e os figos nas figueiras. Vão às cabaças do Natal dão-lhes chutos porque pensam que são bolas... Apanham as bolotas do chão e as folhas que o Outono tira das árvores, aos pequenos ramos do chão dizem "Pau!Pau!" e vão apanhá-los. Vão ver o cão à sua "mansão" e chamam "cão Dino" e dizem "au au".

São felizes os meus pips, têm a felicidade que muitas crianças não têm, estão em casa com as avós e têm muito espaço para correrem, muita natureza para conhecerem. Aquilo que outros miúdos conhecem bem, eles não ligam a mínima. Não querem saber do Noddy, do Ruca e companhia, a televisão não lhes diz nada. Querem é ver os peixes, os gatos, as bolotas e outras coisas que tal.

Acho que é isso mesmo que eu pretendo para eles, que cresçam em contacto com a natureza sem ficarem dependentes da televisão, consolas e "game-boys", porque se há coisa que não gosto é de ver miúdos agarrados horas às televisões e outros objectos que tal. Mesmo ao fim de semana, quando não vamos para as avós, tento sempre levá-los a qualquer sítio interessante: Dar uma volta à beira mar, para eles mexerem na areia que adoram; Ir a um parque infantil andar nos escorregas e nos baloiços, qualquer coisa ao ar livre. É raro irmos a centros comerciais com eles, muito raro mesmo.

Beijos a todas

quarta-feira, outubro 01, 2008

Esta época do ano é sempre de grande intensidade laboral para mim. Até aqui nada de novo, só que a minha pequena prole a cada dia fica mais exigente, o que tudo junto faz com que ainda acumule mais cansaço.



Sempre me disseram que quando eles começassem a andar é que eu ia ver o que era ter trabalho. Eu sempre disse, que iria preferir essa fase à fase das mamadeiras e dos choros das cólicas. E de facto aprecio muito mais agora do que anteriormente, mas que dá cá uma canseira... Isso dá!



Eles é saltarem para cima das cadeiras, mesas, sofás; Ligam e desligam as luzes, televisões vezes sem conta; tentam agarrar (e na maior parte das vezes conseguem) tudo o que está em cima dos móveis; Atiram comida em todas as direcções e por vezes enfiam os pratos cheios na cabeça como se de chapéus se tratassem; Se apanham papel higiénico é vê-lo espalhado pela casa fora... Enfim...



A minha casa já esqueci. Está sempre completamente caótica: Os brinquedos espalhados por todo o lado, as cadeiras deitadas no chão para eles não subirem para cima delas, os móveis despidos, tudo o que eles não possam mexer colocado em sitios altos estratégicos o que se torna até piada, por exemplo quando vamos à casa de banho e temos de fazer uma ginástica imensa para chegarmos ao papel higiénico.



São imensamente curiosos e principalmente como diz o pai: "São dois!" - Andam sempre atrás um do outro e se falta um o outro pergunta logo: "A mana?" - "O mano?"



A parte boa da questão é que depois das férias já adormecem sózinhos nas suas caminhas. Há horinha deles lá os vou deitar e já ficam quietinhos sózinhos com a luz apagada e adormecem. Por isso amigas que adormecem os bebés ao colo: "Não se preocupem, na hora certa eles vão começar a adormecer sózinhos!"



O L. ainda não dorme a noite toda, ainda acorda muitas vezes ao meio da noite e por vezes fica acordado durante algum tempo. Dou-lhe um leitinho, mas nem isso é suficiente para ele pegar no sono outra vez, muitas vezes fica a dar voltas na cama, tal e qual como nós quando temos insónias. O meu desespero por não poder dormir é muito, mas tenho muita pena dele e lá o vou tentando acalmar para ver se ele pega no sono outra vez. Quando passadas um ou duas horas ele pega no sono, eu já exausta não consigo dormir, depois quando adormeço já está na hora de levantar... Ando exausta, ás vezes acho que se me deixassem dormia uma semana seguida.



Agora também, começo a ter de assumir coisas que até aqui tinha deixado ficar para trás. E vou ter de começar a acompanhar alguns eventos profissionais fora do país. Vou começar já em fins de Outubro. Tenho de me ausentar do país durante 4 dias, nem ando bem... Vai ser a primeira vez que fico longe deles, ando com o coração apertado.

Beijos a todas

quarta-feira, setembro 17, 2008

A propósito de opções de vida

O meu sonho nunca foi ser mãe. Não era assim um sonho de criança/adolescente, como muita gente tem. Muitas raparigas brincam com as suas bonecas como se fossem as suas mães, e sonham desde cedo com a maternidade. Eu não.

Na altura das bonecas brincava com elas vestindo-as para irem a grandes festas e terem vidas faustosas como as das princesas. Retalhava cortinas velhas e metia-as na máquina de costura da minha mãe, fazia vestidos farfalhudos e tentava fazer grandes penteados às pobres. Lavava as cabeças na banheira e com o secador tentava fazer grandes caracóis. O que acontecia invariavelmente era que queimava o cabelo às ditas e cada vez ia queimando mais a cada insistência. O resultado: Hoje tenho uma parafrenália de bonecas carecas ou com uns fios de cabelo queimado...



Mesmo em casada durante alguns anos pusemos mesmo a hipótese de não termos filhos. Não porque não gostassemos de crianças, mas pela grande responsabilidade de trazer uma criança a um mundo (principalmente país), com tão pouco para oferecer. E nós com uma vida tão sobrecarregada achávamos que realmente também teríamos tão pouco tempo para disponibilizar, que o pouco tempo que tinhamos deveria ser usado em nosso proveito.



Claro que a semente existe dentro de cada uma de nós (só que para algumas demora mais tempo a germinar). A minha semente despontou e foi crescendo. Mas confesso que nunca fui uma mulher cujo objectivo maior seria o de ser mãe.



Queria muito ser mãe sim. Mas esse não foi nunca o meu cavalo de batalha, não era a razão do meu viver. Quando segui para os tratamentos, ia com a firme convicção de tentar 2 ou 3 vezes e não mais.

Fui fazê-lo porque um dia mais tarde ao olhar para trás não queria ter a sensação de que tinha ficado à porta e não tinha tido coragem para bater e entrar... As minhas expectativas eram nulas, e acho que foi por isso que resultou.



Nesta perspectiva, torna-se para mim difícil aconselhar, opinar ou até fazer qualquer tipo de juízo de valor, quando alguém que já tentou algumas vezes quer desistir e não prosseguir com a luta ou quando alguém que já tentou muitas vezes a pretende prosseguir. Confesso que não sei o que dizer porque não fui posta à prova e não sei o que teria feito se não tivesse conseguido à primeira.



Uma coisa é eu dizer que faria isto e aquilo, outra coisa é a realidade dos factos.



Na verdade sou uma pessoa que lida mal com as frustrações, por isso, evito entrar em guerras onde sei que sou eu a parte mais fraca para não ter de lidar com a derrota. É assim em todos os aspectos da minha vida, onde sei que tenho mais chances de perder do que de ganhar, tento... Nunca deixo de tentar. Mas contorno se o resultado não me é favorável. Acho que sou defensora daquela máxima de que "mais vale um cobarde vivo que um herói morto".

No entanto, acho hilariante, que existam sempre pessoas prontas a opinar sobre isto e sobre aquilo, mesmo sem conhecimento de causa. Ainda noutro dia assisti num fórum a uma acesa discussão sobre "dadores de esperma", num fórum mesmo ao lado de um fórum sobre "infertilidade". Verifiquei que as pessoas não fazem idéia nenhuma daquilo que se passa realmente e acham muito simples darem as suas opinões, sem terem em consideração o contexto que poderá estar por detrás de cada escolha (neste caso a doação de gâmetas).

Fez-me lembrar uma celeuma que existiu há uns anos por cá, quando se descobriu um blog de uma "fulana", que tinha um post dedicado aos blogs da infertilidade (pouco simpático evidentemente). As pessoas realmente deviam contextualizar as suas opiniões em vez de alardearem aos sete ventos que quem "faz isto ou aquilo" é um "este" e um "aquele".

Beijos a todas

terça-feira, setembro 09, 2008

Controvérsias

A primeira semana custou, no fim-de-semana, quase que não conseguia sentar-me na sanita, tais eram as dores nos musculos. Pegar nos miúdos era o supremo sacrificio e quando eles me pisavam os doridos musculos um esgar seguido de um "obrigadinho filho(a), estava mesmo a precisar disso". Ontem já correu melhor, até porque fazer exercício em cima dos musculos doridos, ajuda a passar a dor (so I think), e já estou melhorzita.

Soube-me bem, soltar a adrenalina, trautear umas músicas e suarrrr, suar muito. Bem bom!

No entanto, ainda não consegui cortar o cordão umbilical, fico sempre remorseada a pensar neles, e porque não estou com eles... Eles também ao que consta à hora do almoço ouvem chegar um carro e dizem: "Mamã!", e durante o dia lá vão chamando por mim... Coitadinhos.

Tenho andado a ler um pouco de tudo por este nosso pequeno mundo, quando tenho um bocadito ou quando já estou há algumas horas a trabalhar e preciso descansar um pouco, pairo por aí... Tenho seguido na nossa amiga Susana Pina, os posts sobre os custos dos tratamentos de fertilidade, os tempos de espera, e tenho lido os respectivos comentários (alguns infelizes).

Quase todas nós que por cá andamos há algum tempo sabemos a exorbitância dos preços dos tratamentos, e dos medicamentos. Todas nós sabemos que existe um "grande" negócio por detrás da infelicidade de milhares de casais deseperados.

As consultas e tratamentos nos hospitais públicos teimam em não chegar, até porque na maior parte dos casos não há interesse, porque os médicos que fazem nos públicos fazem na privada, e a "coisa" rende mais no privado, ou porque é impossível fazer um maior número de tratamentos com médicos que trabalham só de manhã e de tarde vão para os privados. Os casais, aqueles que têm algum fundo de maneio, lá vão tentando nesta ou naquela clinica, neste ou naquele médico, e fazem 1, 2, 3, ... 15 tratamentos. Alguns têm a sorte de a natureza estar a seu favor e lá conseguem, outros com casos mais complicados, lá vão andando sem que ninguém se ilumine e diga: "Oh pá estes tipos já fizeram N tratamentos sem resultado, vamos a ver porque não resulta!"

É certo que não podemos "meter" todas entidades intervenientes nestes processos no "mesmo saco", até porque a maioria das pessoas que tenha um pouco de interesse e siga alguns fóruns relativos à infertilidade, cedo se apercebe onde estão as clinicas que apresentam resultados e as que não apresentam... É só procurar!

Eu sempre pensei que o ideal seria fazer um tratamento destes num centro público, porque, ali o interesse é nulo. Ou seja, como não pagamos nada (só os medicamentos), não há o interesse do vil metal, ou seja se resulta resulta, se não resulta paga-se o mesmo. Por isso mesmo é que fiz o meu único tratamento num hospital público.

Reconheço que fui uma privilegiada, não só pelo excelente resultado, como também pelo excelente médico que tive a sorte de encontrar no meu caminho e que deu todos os passos comigo. Não foi homem de "empaliar", sempre pôs o preto no branco e eu comecei por onde muitas terminam os tratamentos. Não andei a fazer exames e mais exames, IUUs, IAs, estimulações e outras coisas que tal. Depois das análises hormonais e espermograma, e uma vez que estavam ambos com valores dentro dos normais, fiz uma laparoscopia de diagnóstico (que o meu rico seguro de saúde pagou) e uma vez que não havia nada de muito grave partimos para a FIV, a qual foi denominada teste de fertilização para vermos se os gâmetas fundiam ou não em laboratório, para vermos se poderia existir ou não algum outro problema subjacente. Felizmente não houve e o resultado todos conhecem.

Se nos abstrairmos do preço violento dos tratamentos no privado, e considerarmos que temos a sorte de ir para um público, não podemos ignorar o preço da medicação. Na altura acho que até escrevi algo sobre isso. E temos de considerar que infelizmente muitos são os casais que nem sequer para a medicação têm dinheiro. Existem casais cujos rendimentos são 2 ordenados mínimos mensais, esses casais não podem sequer comprar a medicação.

Antes das férias surgiu-me uma situação dessas. Numa das empresas onde trabalho, os operários não qualificados não são muito bem pagos, rapazes jovens, cujo rendimento mensal ronda os 700 Euros, a mulher também operária, noutra empresa ganha o ordenado mínimo. São jovens, pagam uma casita, e queriam ter filhos... A História todos sabem... Foram encaminhados para o hospital aqui da zona, que por acaso tem serviço de Medicina de Reprodução, e chegaram a marcar o tratamento, protocolo, etc. Só que ninguém lhes disse quanto custaria a medicação, chegaram à farmácia e voltaram para trás porque não tinham dinheiro, as famílias também com parcos rendimentos não tinham para emprestar. Até que o rapaz veio falar comigo e contar-me a situação, para ver se seria posssível conceder-lhe um empréstimo sobre o salário, para ir descontando por mês... Sem entrar em grandes pormenores, lá lhe fiz ver que este poderia ser o primeiro de muitos tratamentos e o primeiro de muitos dinheiros que eles iam precisar (os pobres julgavam que eram favas contadas... Ninguém lhes disse que as percentagens de sucesso são em muito inferiores aos sucessos), mas emprestei-lhe o dinheiro. Felizmente a sorte esteve do lado deles, vão ter uma menina, o dinheiro ele ainda não sabe mas vou oferecê-lo como presente para aquela menina que vai nascer, nunca tive intenção de lho cobrar, mas também não lhe poderia dar outro se esta tentativa não tivesse dado certo... É a vida...

Beijos a todas

segunda-feira, setembro 01, 2008

É desta que me candidato a Miss

Depois de quase 2 anos de paragem, é hoje que tiro as teias de aranha às sapatilhas, aos tops e às calças de ginástica. Ok!.. Está bem!!... Eu confesso que até comprei umas sapatilhas e
equipamento todo novo (porque mulher que é mulher tem de comemorar certas datas à maneira...), mas vai ser hoje que tiro as etiquetas...

Sinto a adrenalina, a as saudades que já me picavam há algum tempo, estou cheiinha de vontade de voltar.

Adepta incondicional do exercício físico e da boa forma física, fui fiel praticante de algumas modalidades no ginásio cá da terra, durante longos e bons anos. No tempo das aeróbicas e steps, era o que fazia. Com a introdução das novas modalidades, há alguns anos, era fácil ver-me de luvas pretas na mão e calças de camuflado a praticar Bodycombat, com os pesos às costas no Bodypump, e de calções de ciclista nas aulas de RPM, claro que não faltava a umas aulitas de ginástica localizada, para perder a inexistente (na altura) barriguita.

Durante muito tempo ouvi a piada que não queria ter filhos com medo de me estragarem o corpinho...

Durante muito tempo tive receio que esta minha carga de exercício físico fosse o factor impeditivo para a chegada dos ditos filhos...

Mas isso foi no passado, agora quero o meu corpinho de volta e não quero mais filhinhos. Portanto há que recomeçar!

Durante este primeiro quase ano e meio deles, quis dedicar-me em absoluto, e estar com eles na hora do meu almoço e tudo. Agora, e apesar de eles continuarem com as avós, 2 ou 3 vezes durante a semana, à hora do almoço não estarei com eles (que saudades!!!) e vou cuidar (finalmente) de mim.

Vou aniquilar a barriguita que teima em não desaparecer, e a celulite que teima em alojar-se nas minha pernas, porque apesar de em termos de figura vestir as minhas roupas anteriores à gravidez desde que os meus pips tinham 15 dias, a verdade é que ficaram algumas sequelas, que foram agravando com a falta de exercício, por isso: Bye! Bye!

Claro que vai ser duro, acho que já nem sei colocar os pesos na barra do Bodypump. E vou ter de fazer com o peso mínimo, e mesmo assim, amanhã acho que nem me vou conseguir sentar.... Mas estou cheiinha de vontade de vestir a roupa preta (só tenho equipamentos pretos e brancos) e sentir o suor, e o stress deixarem o meu corpo; Relaxar nem que seja aquela pequena porção de tempo em que ali estou...

Agora é que vou ficar jeitosa!?!...

Beijos a todas

terça-feira, agosto 26, 2008

O regresso

Com um tempo ameno, nada digno do mês de Verão por excelência, carregamos o carro (e como ele ia carregado coitado), reunimos a criançada e lá fomos rumo ao nosso destino de sempre: A praia da T.

Não é de agora, este é já um destino eleito por nós há anos, é uma praia extensa, com um enorme areal (já foi maior...) de areia branca, é um sítio ainda pouco frequentado (e ainda bem), um lugar onde podemos respirar um pouco de ar puro e descansar (ufa!).

Ora, este ar puro é muitas vezes "reforçado" com umas nortadas que é um grande senão, senão que aliás todas as praias do litoral norte acabam por sofrer, umas com maior outras com menor intensidade. As nortadas aliadas ao oceano frio, tornam o prato pouco apetecível, sobretudo para quem tem crianças.

Quando eramos só nós, faziamos ali uma semana ou 15 dias e iamos 1 semana ou 10 dias para qualquer destino mais ou menos recôndito. Agora com eles, torna-se um bocado impraticável, estarmos sempre ali, até porque queremos que eles aproveitem em pleno o que de melhor tem o verão.

De baixo de chuva rumamos a terras do sul, com eles tão pequenos recuso-me a metê-los num avião para qualquer destino mais longínquo. Saímos de cá com 18 graus e chegamos lá com 32 (Estamos a falar do mesmo país...).

Logo que chegamos "ala que se faz tarde" e fomos logo para a praia, com aquela temperatura boa ficaram logo descapotáveis e foram "molhar os pés", rapidamente molharam as pernas, o rabos, os braços, enfim, tomaram um banho completo. O primeiro banho deles no oceano!

Adoraram, se bem que sofriam um pouco com a canícula, caíam de sono como as frutas maduras caem das árvores. Eramos para ficar uma semana mas fomos ficando e estivemos lá quase 2 semanas (só vim embora porque tinha de vir trabalhar...).

As férias com eles são cansativas, até porque não facilito em termos de alimentação, e fazer sopas constantemente dá um trabalhão enorme, além de todos os outros cuidados que eles necessitam. Mas, senti que estas férias foram melhores que as anteriores, eles mais participativos, mais calmos, a apreciarem cada momento. Para nós não há um minuto de descanso enquanto eles estão acordados, mas quando fazem as sestinhas podemos relaxar um pouco e eu até consegui ler um livro (Biba!Biba!).

Como tudo que é bom acaba depressa, eis-me aqui, "back to real life", e a contar os dias para as próximas fériazitas.

Beijos a todas

sexta-feira, agosto 01, 2008

Encerrado para ferias!!!

Muito breve, brevemente, só para deixa as notícias da consulta dos 16meses (e meio):

L - pesa 12,330 e mede 88 Cm (aumentou 4 cm desde Maio)
M - pesa 11,950 e mede 86 Cm (aumentou 3,5 desde Maio)

Segundo consta estão melhor que bem, o Pediatra não se cansa de os elogiar (baba, imensa baba)...

Amanhã abalamos para 3 semanas de férias, quer dizer... Férias para eles porque para a mamã aqui vai ser um não acabar de tarefas... Depois damos novidades!

Beijos a todas

quinta-feira, julho 31, 2008

Só falta um bocadinho assim...

Com as férias à espreita, por cá o tempo vai escasseando, e a cabeça cansada com tanto trabalho a ser feito e a deixar preparado, não anda também muito inspirada para escrever.

No entanto, esta é uma altura do ano carregadinha de recordações, das quais é dificil estar abstraída, acho que cada dia tem um significado especial com o culminar no dia 4 de Agosto. Foi há 2 anos e ainda parece que foi ontem... O tempo voa, simplesmente voa.

Os nosso pipizes estão grandes, espertalhaços e traquinas. Amanhã vamos ao Pediatra para fazermos uma revisão antes de irmos de férias, depois se puder faço o relatório. De resto, como algumas de vós poderam ver, estão o máximo (ou não fossem meus filhos claro...).

Beijos a todas

segunda-feira, julho 28, 2008

Ainda a propósito da Quinta da Fonte

E porque o que bem se escreve deve ser divulgado, eis aqui um texto que considero muito interessante e sobretudo muito verdadeiro. Grande Mário Crespo!

Limpeza étnica - Mário Crespo

O homem, jovem, movimentava-se num desespero agitado entre um grupo de mulheres vestidas de negro que ululavam lamentos. 'Perdi tudo!' 'O que é que perdeu?' perguntou-lhe um repórter. 'Entraram-me em casa, espatifaram tudo. Levaram o plasma, o DVD a aparelhagem...' Esta foi uma das esclarecedoras declarações dos auto desalojados da Quinta da Fonte. A imagem do absurdo em que a assistência social se tornou em Portugal fica clara quando é complementada com as informações do presidente da Câmara de Loures: uma elevadíssima percentagem da população do bairro recebe rendimento de inserção social e paga 'quatro ou cinco euros de renda mensal' pelas habitações camarárias.

Dias depois, noutra reportagem outro jovem adulto mostrava a sua casa vandalizada, apontando a sala de onde tinham levado a TV e os DVD. A seguir, transtornadíssimo, ia ao que tinha sido o quarto dos filhos dizendo que 'até a TV e a playstation das crianças' lhe tinham roubado. Neste país, tão cheio de dificuldades para quem tem rendimentos declarados, dinheiro público não pode continuar a ser desviado para sustentar predadores profissionais dos fundos constituídos em boa fé para atender a situações excepcionais de carência. A culpa não é só de quem usufrui desses dinheiros. A principal responsabilidade destes desvios cai sobre os oportunismos políticos que à custa destas bizarras benesses, compraram votos de Norte a Sul. É inexplicável num país de economias domésticas esfrangalhadas por uma Euribor com freio nos dentes que há famílias que pagam 'quatro ou cinco Euros de renda' à câmara de Loures e no fim do mês recebem o rendimento social de inserção que, se habilmente requerido por um grupo familiar de cinco ou seis pessoas, atinge quantias muito acima do ordenado mínimo. É inaceitável que estes beneficiários de tudo e mais alguma coisa ainda querem que os seus T2 e T3 a 'quatro ou cinco euros mensais' lhes sejam dados em zonas 'onde não haja pretos'.

Não é o sistema em Portugal que marginaliza comunidades. O sistema é que se tem vindo a alhear da realidade e da decência e agora é confrontado por elas em plena rua com manifestações de índole intoleravelmente racista e saraivadas de balas de grande calibre disparadas com impunidade. O país inteiro viu uma dezena de homens armados a fazer fogo na via pública. Não foram detidos embora sejam facilmente identificáveis. Pelo contrário. Do silêncio cúmplice do grupo de marginais sai eloquente uma mensagem de ameaça de contorno criminoso - 'ou nos dão uma zona etnicamente limpa ou matamos.'

A resposta do Estado veio numa patética distribuição de flores a cabecilhas de gangs de traficantes e auto denominados representantes comunitários, entre os sorrisos da resignação embaraçada dos responsáveis autárquicos e do governo civil. Cá fora, no terreno, o único elemento que ainda nos separa da barbárie e da anarquia mantém na Quinta da Fonte uma guarda de 24 horas por dia com metralhadoras e coletes à prova de bala.

Provavelmente, enquanto arriscam a vida neste parque temático de incongruências socio-políticas, os defensores do que nos resta de ordem pensam que ganham menos que um desses agregados familiares de profissionais da extorsão e que o ordenado da PSP deste mês de Julho se vai ressentir outra vez da subida da Euribor.

quarta-feira, julho 16, 2008

Mais teorias

Antes de iniciar o périplo das teorias, aproveito para informar que os pips fizeram ontem 16 meses.

Estão enormes, o L tem à volta de 87 cm, e a M. 86. Correm tudo, mexem em tudo e principalmente ele, só faz asneirada... Ela já fala imenso e repete tudo o que dizemos, adoro a maneira como diz "tiaaaa", "Vacaa", "Camaa", "meninaa", tudo dito de uma forma muito certinha dando enfâse à última vogal, é linda. Ele mais trapalhão, lá vai dizendo umas palavritas atabalhoadas.

Em termos verbais, ela é mais desenvolvida, em termos motores sempre foi ele o mais desenrascado e continua a ser. Sobe para cima de sofás, cadeiras, camas, a maior parte das vezes acaba estendido no chão a chorar. Pendura-se em tudo e à conta disso já levou com uma mesinha de cabeceira em cima. Não posso perdê-lo de vista um instante, e mesmo assim elas vão acontecendo.

Em termos de sono (aí vêm as teorias), também, são muito diferentes os meus filhos.

Acho muito bonito que mães, amigas minhas e não só, teorizem acerca dos maus hábitos de dormir dos filhos dos outros. Quando me perguntam acerca dos hábitos de sono dos meus filhos eu até prefiro nem falar. Aparece sempre alguém pronto a dar um palpite, e como eu não pedi nenhum prefiro ignorar.

Os meus filhos, sofreram muito com as cólicas. Principalmente a M. passava horas a berrar e a contorcer-se com as ditas. Apesar disso, conseguíamos que tivesse um sono mais ou menos certinho à noite.

Já o L. sempre foi um bebé que apesar de não ter tantas cólicas como a irmã, sempre teve um sono muito instável, acordava e acorda muitas vezes durante a noite, chorava, queria companhia. Claro que numa fase inicial, a pessoa levanta-se 15 vezes durante a noite para ir acalmá-lo na caminha dele, mas depois, já derrotada pelo cansaço, a pessoa começa a trazer o puto para a nossa cama, e ele sossega, e nós sossegamos, e todos ficamos contentes.

Neste cenário, aos 3 meses tínhamos os putos a dormirem no seu quartinho, os dois, só que a verdade é que passávamos a noite em romaria, porque o L. acordava a chorar, a M. também acordava e tinhamos o circo montado várias vezes por noite. A coisa foi-se aguentando até que eu comecei a trabalhar a tempo inteiro outra vez. Depois disso, tomou-se a decisão de separar os gémeos... E os pais... Um fica num quarto com um, o outro com outro... (A mim calhou-me o jovem L. que dorme mal como o caraças...)

A psicologia é muito bonita... Mas é quando não se tem de trabalhar ao outro dia, ou não se tem trabalho de responsabilidade...

Evidentemente esta solução, apesar dos contras que tem, é uma solução boa para todos, porque conseguimos dormir umas horas seguidas, e até já umas (poucas) noites seguidas. É muito bonito ouvir mães cujos filhos dormem toda a noite desde os 2, 3 meses dizerem que se deve fazer assim e assado.

A verdade é que cada criança é um caso, e não devemos generalizar. Lembro-me de uma altura em que andava à procura de textos sobre "cosleeping", e encontrei um texto de um dos gurus da pedopsiquiatria americana, basicamente do que me recordo, e que foi realmente aquilo que achei importante foi o homem dizer que quando tinha tido o primeiro filho tinha seguido todas as teorias à risca, e tinha dado tudo errado. Então quando teve o segundo filho, comprou a cama maior que conseguiu encontrar...

Às mães que têm sorte que os filhos durmam toda a noitinha nas suas caminhas sem um suspiro sequer: Parabéns!

Às outras mães, cujos filhos acordam várias vezes por noite (o meu ainda esta noite acordou às 4 queria festa, dei-lhe leite às 5, e ele ficou acordado até às 6, e eu também), tenham paciência não estão sózinhas...

Beijos a todas

segunda-feira, julho 07, 2008

Era uma manhã soalheira de Outubro, daquelas cujo sol baixo ofusca, mas já não aquece muito. A Avenida ia pejada de risos e conversas dos estudantes com capas e livros, que seguiam a caminho da escola.



Era um cenário habitual na década de 80, os autocarros internos e externos deixavam ficar a estudantada que depois se juntavam aos que vinham a pé de casa, e todos juntos enchiam o ar com aquele burburinho prazeiroso que ainda recordo saudosamente. Hoje ao fazer o mesmo percurso, vinda de casa, dentro do carro, verifico que a Avenida está deserta, em proporção aumentou a número de carros que levam os estudantes agora até à porta da escola.



Íamos as três, eu a J. e a G., na bagageira uma qualquer conversa sobre um qualquer rapaz por quem andassemos a suspirar, ou outro qualquer assunto leve que caracterizava a conversa de três adolescentes de 16 anos.



De repente, a travagem brusca, o barulho de metal a chocar, a bater e a deslizar sobre o asfalto. De repente, um corpo a rebolar aos nossos pés. Aqueles segundos que parecem horas e a rapidez dos movimentos que parece em câmara lenta.



- É o irmão do B. - disse eu ao reconhecer o jovem motociclista caído.



Baixei-me para lhe falar, para ver se estava bem... Ele rapidamente se levantava também, e tentava ver se estava tudo inteiro. Ajudei-o a tirar os livros e o capacete, e suspirei de alívio, aparentemente, aquele rapaz tinha tido só um grande susto, e nós também...



Entretanto aparece um outro amigo que se prontifica a levá-lo ao hospital, porque as mãos sangravam e não conseguia mexer uns dedos. Fiquei com o capacete, com os livros, enquanto outro alguém tratou da mota, prometi que num intervalo lhos ia entregar à escola vizinha, quando ele chegasse do hospital.



Seguimos o nosso trajecto um pouco mais silencioso agora. Fomos para a primeira aula a pensar naquele acidente, e no que realmente poderia ter acontecido ali mesmo debaixo dos nossos olhos.



Nos intervalos ia espreitando para a escola vizinha (eram 2 escolas secundárias, uma em frente à outra, ainda são) para ver se via o rapaz, o irmão do B. Ao meio da manhã lá o vislumbrei e fomos lá levar os seus pertences e inquirir acerca do seu estado. Estava bem, com dois dedos partidos, tinha sido só o susto.



Nos dias seguintes, lá ia ele passando pela escola de cima e nós pela escola de baixo para sabermos como estava.



E foi ali, naquela manhã de Outubro, em finais de 1986, que aquele que viria a ser o pai dos meus filhos, 20 anos depois, me caíu aos pés... O destino tem destas coisas.



Beijos a todas

sexta-feira, junho 27, 2008

Teorias

Antes de mais, uma correcção ao post anterior (não, não é acerca do nome da Águia), relativamente ao Dr. Vale Azevedo, que eu infamemente disse que estava no Brasil. Não está! Este facto, tem a ver com a razão de ele ter sido o único português preso por corrupção como é fácil de ver. Então o homem vai ali para o lado viver faustosamente e acha que ninguém vai saber??!! Tivesse ele tido umas lições de vigarice com "algumas" mulheres do Norte (ali mais para o lado de Felgueiras), e ficaria a saber, que o destino melhor para tirar umas "férias" da justiça seria mesmo o Brasil, até porque lá é quente e até poderia fazer uns liftings e tal...

Agora vamos ao assunto do dia, este vai ser um post sobre (des)educação, dos bebés, acho que nunca me manifestei acerca deste tema, que por acaso me é muito querido.

Quando estamos para ter um filho, é natural que vamos deitando a mão a tudo o que se escreve sobre o antes, o durante e o depois e que nos vai chegando às mãos. Principalmente quando os bebés nascem, tentamos encontrar em algum lado, a receita milagreira que nos permita educar os nossos filhos sem a menor margem de erro, como se de uma equação matemática se tratasse.

Rapidamente porém nos apercebemos de que a coisa não é bem assim, e que existem uma quantidade de teorias todas elas de diferente cariz o que ainda nos consegue baralhar mais. Uma das mais faladas e talvez a mais controversa é acerca do choro dos bebés.

É verdade, que a maior parte dos bebés chora muito. Choram pelas mais diversas razões: Ou porque têm fome, porque têm calor, porque têm frio, porque têm cólicas, ou porque simplesmente lhes apetece chorar. Ora, como eles não trazem manual de instruções, para nós mães é sempre dificil saber do que se trata, e umas mais do que as outras reagem de maneiras diferentes ao choro dos bebés.

Eu confesso, que à luz de algumas teorias seria totalmente "pichada e coberta de penas", porque nunca fui capaz de deixar os meus filhos chorarem só porque eles estavam comidos, limpinhos e até nem estavam doentes. Eles choravam e eu dava (e dou) colo. Muito colinho, muito miminho, e passava horas com eles ao colo até os braços chegarem a ficar dormentes.

Para mim não faz qualquer sentido deixar um bebé chorar, porque tem de aprender por si a dormir, ou a estar sossegado ou outra qualquer teoria. Os meus filhos em bebés adormeciam ao colo (e são dois) e posso dizer que era dos momentos que mais apreciava, estar ali com eles observar as suas feições, afagá-los nos meus braços e vê-los sucumbir à confiança num colo que é só deles. Ainda hoje quando precisam os adormeço ao colo, e não posso ouvi-los chorar. Se uma criança não encontra eco para o seu choro no colo da mãe onde vai encontrar??

São mimados? Com certeza que sim, o mais possível, se dar amor e carinho significa mimar! Será que vão ficar crianças mais dependentes pelo facto de terem andado sempre ao colo e não os ter deixado chorar para "aprenderem" a adormecer sózinhos? Talvez sim, mas nem pretendo de outra forma! Quero que os meus filhos saibam sempre que têm apoio e alguém que os acarinhe, porque se não fôr em casa vai ser onde?

Acho que nunca se ouviu falar de nenhum adolescente ainda andar ao colo da mãe. Eles têm tempo para crescerem e se tornarem autónomos e mais rápido do que aquilo que queremos.
Enquanto eu puder e eles quiserem, podem vir sempre agarrar-se às minhas pernas e balbuciar "côa" com os bracinhos estendidos que eu vou dar (o problema é quando está um na "côa" e o outro agarrado às pernas com o mesmo intuíto...).

Beijos a todas

sexta-feira, junho 20, 2008

Bring the boys back home (em apoteose se possível)

E pronto, depois de uma vergonhosa derrota contra uma Alemanha eficaz e certeira, lá termina mais uma campanha da "nossa selecção" por terras estrangeiras. Pode ser que agora deixemos de passar pelos carros e janelas adornados de verde/amarelo... Perdão vermelho e verde, e que o pessoal faça mais umas horitas a trabalhar porque já não tem de sair para ir ver os jogos da selecção.

Evidentemente que não é com alegria que vejo os representantes do país virem para casa, mas se pensarmos bem, a coisa não será assim tão má:

Os rapazes poderão ocupar as mansões no Algarve que estão às moscas, ou ocupadas pelos parasitas amigos e familiares;

As festas do algarve terão outro glamour e as revistas cor de rosa poderão vender mais alguns números à custa do CR7 família, amigos e namoradas;

O "Sinhô" Scolari pode ira passar uns tempos à terra antes de ingressar no Chelsea a 1 de Julho, para receber o seu parco vencimento. Aliás se pensarmos bem, a coisa até foi bem feitinha... Treinador de Portugal assina por um clube em pleno Euro 2008, a notícia até aparece assim do nada... O "home" precisa de uns dias de férias, vai ganhar "xptoyz" e está a borrifar-se para a selecção que ainda treina... AHHHHHHHHHHHHH o vil metal! Mas isso agora...

Agora pode a nação enfim descansar, podem os adeptos sossegar seus corações e deixar de dar lucro às cervejeiras (já nem falo das petrolíferas claro), podemos finalmente pensar naquilo que interessa... Quem irá ser o próximo seleccionador??!!!

Ora, eu votaria no Eusébio, mas o homem tem aquele problema da toalha, e está um bocado acabado.

Podíamos escolher o Pinto da Costa, porque apesar de não ser treinador tem jeito para a coisa e até se dá bem com os árbitros;

O Vale de Azevedo também era uma boa opção mas parece que ninguém sabe em que zona do Brasil ele está (Ah ele está no Brasil???);

Resta-nos talvez a águia (oh pá não sei o nome do bicho!!) pelo menos a ração deve ficar mais barata que as iguarias do chefe Hélio!

Ora como isto é um espaço de debate aceitam-se sugestões (que prontamente enviarei ao Sr. Gilberto Madail, claro!), para o próximo treinador da selecção, remuneração + prémios (envie o seu CV, quem sabe não será o próximo(a)).

Beijos a todas

sexta-feira, junho 13, 2008

Pic - Pic

Nestes dias um pouco ausente, devido ao avolumar de trabalho, e aos jogos da selecção claro (??!!). O calor aperta (finalmente), e a preguiça mental toma conta dos nossos pequenos momentos de ócio (muito pequenos actualmente).


Vou seguindo à distância as diversas viagens dos blogues amigos, uma reais, outras metafóricas e vou aguardando e torcendo para saber como correram. Nostálgica tenho saudades de outros aromas, de outras viagens. O tempo corre e com ele mais um aniversário daquela que foi para mim a viagem das viagens.

Em tempo de nostalgia, fomos no feriado fazer um piquenique (??!!). Há tantos anos que não fazia um piquenique!

O grupo era grande, com muitos miúdos à mistura. As mantas, as almofadas, as lancheiras carregadas de iguarias, os pratos e copos de plástico, os brinquedos, as bolas para jogar na relva, tanto sabor nostálgico.

Foi o primeiro dos pipizes. Para eles tudo novidade, não pararam de brincar com os amiguinhos, com os brinquedos dos amiguinhos e de andar de um lado para o outro. Andaram a debicar de prato em prato, e cada dia que passa é mais dificil mantê-los afastados daquelas iguarias que a mãe considera proibidas (ou seja, quase tudo que nós comemos). Adoram comer e pedir comidinha da que estamos a comer, acho que é sobretudo a descoberta dos novos sabores que os fascina.

Vimos os patos e os peixes, corri atrás deles e eles atrás de mim, e tive aqueles momentos de undercoreved relax, em que me deixei estar sentada a conversar numa aprente descontração, embora, sempre com o olho em cima deles, pronta a saltar quando me desapareciam do ângulo de visão. Iam e vinham sempre de braços abertos e sorrisos rasgados para o colo da mãe com abracinhos e as palavras mágicas - "Mãeeee"; "Mãmã".

Ao meio da tarde cansados de pura exaustão, dormiram deitados numa toalha e cobertos com os casacos, comigo sentada ao lado a velar pelo soninho e a olhar enternecida para aquelas carinhas de anjo que são os meus filhos, as minhas jóias mais preciosas.

Fazem as delícias de todos, estão a crescer serenos e meigos. Aqueles que eram uns bebés berrões estão agora mais calmos, interagem com as outras crianças com serenidade. É claro que continuam a existir aquelas sessões de choro sem nexo ao fim da tarde, há dias que estão calmos, outros estão mais chatitos.

Beijos a todas

segunda-feira, junho 02, 2008

Não sei se é de mim

Mas, todo este "show off" à volta da selecção portuguesa de futebol com carácter de palhaçada dá-me uma azia daquelas.

Não se compreende, que num país que se afunda a uma velocidade superior à do Titanic, onde nos poucos barcos salva-vidas existentes vão somente aqueles cujas contas chorudas estão bem guardadinhas em off shores, e uma grande parte da população está já perto de atingir um limiar de pobreza condizente com os países de terceiro mundo, que se faça tanta palhaçada e gasto desmedido para umas dezenas de pessoas, cujo único valor é tão só e somente andar a correr atrás de uma bola e dar uns chutos que por vezes são bem sucedidos e a dita até entra na baliza do adversário (isto já para não falar da respectiva comitiva que acompanha os ditos, que até o "chef" é do mais caro que existe).

Não concordo! Quando vejo hospitais e escolas a cairem por falta de manutenção;
Não concordo! Quando as listas de espera para cirurgias e para simples consultas de especialidade é de meses quando não de anos.
Não concordo! Quando tenho de encher o depósito de combustível do meu carro;
Não concordo! Quando pelos meus 2 filhos recebo de abono de família 40 euros;
Não concordo! Quando existem pessoas reformadas a viverem com reformas de 150 euros por mês;
Não concordo! Por tantas e tantas coisas que se as fosse dizer todas ficava aqui a escrever uma semana inteirinha.

No entanto, o povo, adora isto. Acotovelam-se para poderem nem que seja apenas vislumbrar aqueles cujos salários em conjunto deve ser superior ao PIB português. Gastam o pouco que ainda têm para ir ver passar o autocarro pago com o suor de todos nós, onde somente se vislumbram os semblantes de óculos escuros de marca, cujo valor de aquisição daria para manter quase uma família.

E acenam (os que acenam) enfastiados pelo povinho... Que maçada... Vamos lá acenar aos pacóvitos...

E pagamos nós: Os aviões fretados, os hotéis de luxos, a comitiva, os prémios de jogo, e fazem-se filas para os ver... Mas ver o quê pergunto eu? Ver o quê?

A nossa selecção porventura já ganhou alguma coisa digna desse nome? No máximo um segundo lugar no europeu de 2004, e mais o quê? Um 4º lugar no mundial? E são heróis? Heróis de quê? E quem salva vidas todos os dias? E quem descobre medicamentos que podem curar e/ou melhorar a qualidade de vida de doentes com doenças incuráveis... Esses o que são?

Quando estudava, nunca recebi prémios ou gabões por tirar esta ou aquela nota mais alta. O que recebia era um: "Ísso é o que tu fazes, e só fazes isso, por isso não estás a fazer mais do que a tua obrigação!" - e hoje em dia é por esse lema que reitero os meus princípios, o que faço tenho de fazer bem, até porque é para isso que me pagam. E se alguns conseguem fazer e também tenho de conseguir fazer igual ou melhor.

Então porquê receber em apoteose quem nunca sequer foi o melhor?

Não julguem por isto que escrevo que sou contra o futebol, antes pelo contrário, quando posso vejo os jogos e vibro também. O que acho, e isso sim, é que o que se move à volta de pessoas que simplesmente correm atrás de uma bola é muito exagerado.

Isso mesmo se demonstra naquele spot publicitário em que se vê o povinho a empurrar o autocarro pela estrada fora e os tipos lá dentro "numa boa". É de facto demonstrativo, não daquilo que pretende demonstrar, mas da mentalidadezinha que nos move. E porque não puseram os tipos a empurrar também???

Beijos a todas

segunda-feira, maio 26, 2008

Pormenores dispersos


A mesa...



Os arranjos M&L...



E o bolo...
Foi lindo o baptismo dos meus pipizes. As fotos oficiais ainda não estão prontas, estas são as minhas. O pequenos principes só estavam lindos também e portaram-se lindamente. Até a chuva ajudou!
Volto depois com mais pormenores!
Beijos a todas




quarta-feira, maio 21, 2008

Lido mal com a morte, qualquer que ela seja, nem que seja a singela morte de uma flor.

Fui apresentada a ela com apenas 15 anos. Numa idade em que se acredita que vamos viver para sempre e que todos aqueles que tenham mais de 20 anos já são velhos, quis ela apresentar-se levando-me um grande amigo.

Na altura, inocente, não sabia que a ausência permanente de alguém é algo que não esquece, a dor da despedida atenua mas, permanece lá escondida. Acho que foi ali que cresci, naquele momento em que fazia um teste de história de Portugal, em que alguém me sussurou: "O S. já deve ter morrido, vieram buscar os primos..." - naquele momento em que as lágrimas cegaram os meus olhos percebi a fragilidade da vida. Dois amigos ontem cheios de vida e planos, hoje mortos e sem retorno.

Numa época em que as minhas amigas escreviam nos seus diários "à querida Kitty" eu escrevia ao meu amigo morto num acidente estúpido.

Se ainda hoje me lembro? Claro que sim, foi um acontecimento marcante na minha vida, foi a fronteira do meu crescimento como ser humano, foi ali que percebi que existiam limites na vida e que não éramos indestrutíveis.

Hoje vai a enterrar um outro colega de outros tempos, em 3 meses adoeceu e morreu. Colega de escola, deixou orfã uma menina de 4 anos da qual tinha a custódia depois de um divórcio...

Não lido bem com a morte, principalmente agora que sou mãe, só penso naquela menina que vai crescer sem pai... Olho para os meus filhos e penso que será deles se eu ou o pai lhes faltarmos, ou os dois... Não lido nada bem...

Beijos a todas

PS: Por cá os preparativos vão de vento em popa, a mãe com torrentes de ranhoca a sair pelo nariz e com a voz fanhosa (constipação), gémea nº 1 também ranhosita, e gémeo nº 2 também. Vai ser lindo vai!

terça-feira, maio 13, 2008

Etapas superadas

Sábado foi dia de pesquisa. Muito a contragosto, lá fui eu procurar uma roupeca para a festa, até porque o tempo urge, e o dia 24 está quase aí.

Depois de virar lojas e lojas, roupas e roupas, vestir e despir umas quantas, arregalar os olhos ao ver as etiquetas dos preços. Eis que chego à brilhante conclusão que nada do que tinha visto me agradava. Por fim já nem era uma questão de preços exorbitantes, era mesmo a questão de que não encontrava nada que me despertasse sequer interesse, quanto mais cobiça.

Vim embora ao fim de algumas horas, com os acompanhantes fartinhos de me aturar (a minha mãe, irmã e filhos), vim de mãos vazias a pensar: "Isto não é normal!"

Durante o fim de semana, lembrei-me de uma loja aqui na minha zona, que costuma ter umas coisas engraçadas, e antes de fazer mais incursões, decidi ir lá só para espreitar. Ia com o tempo contadito, e era só mesmo para ver. Quando lá cheguei vi aquela que vai ser a roupa que vou usar no baptizado dos meus filhos. Pousei os olhos e disse, vou experimentar gosto muito. Experimentei, paguei e trouxe a roupa em menos de 30 minutos (por sorte não precisou de arranjos, mas também com este corpinho, cof!cof!). Esta continuo a ser eu: Ou gosto ou não gosto, e se gostar não fico indecisa.

À tarde os sapatitos, lindos (ai os sapatos!), mais uma machadada no orçamento, e fiquei prontérrima, chiquérrima e tesérrrima...

O bolinho já decidi o que quero, já está encomendado aqui, e aguardo apenas o esboço de como ficará o produto final.

Beijos a todas

quinta-feira, maio 08, 2008

Mais do mesmo

Os convites estão feitos. Nada de convitezinhos com coelhinhos porque como sabem eu por cá sou muito prática. Foi pelo telefone, pois então! convites impressos só servem mesmo para trocar euros e para abarrotar os ecopontos do papel. Apesar de eu achar que são muito giros e tal, acho que não se justifica se não se tratar de uma mega festa...

Como seria de esperar não houveram recusas nem hesitações, e apesar de haver uma festa de aniversário de outro priminho sobreposta, esta foi adiada prontamente pela mãe dele. São uns mimecos estes meus filhos, toda a gente os adora e quer estar com eles.

Agora tenho de pensar no repasto para os convivas, nos arranjos para as mesas, no bolo (ahhhhhhhhh o bendito bolo!!!), nas bebidas, nas reportagem fotográfica e na toilette (a minha claro!).

O repastito será algo prático e saboroso, um prato de bacalhau para peixe e leitãozinho para carne, antecedido claro está de saborosas entradas. Depois muitas saladas, frutas e sobremesas docinhas. Claro que tudo isto terá de ser regadinho a preceito (Vinhol, muito vinhol!).

O bolo ainda não está decidido, nem sei se mando fazer um para cada um, se um para os dois, ainda não vi nenhum que me inspirasse e do qual eu gostasse muito. Esta sou eu ... Ou gosto ou não gosto! Mas tenho de decidir, mas como explicar a quem o vai fazer aquilo que me vai na cabeça, e pior será que depois vai ficar como eu quero?!

E a toilette da mãe dos noivos... Perdão dos baptizantes... Ainda nem tive tempo para ir ver nada, e com este tempo ando com uma desinspiração que é de fugir. Não vai ser fácil, não vei não.

Beijos a todas

quarta-feira, abril 30, 2008

Convidados

Antes de mais quero pedir desculpa pela apresentação pouco recomendável do último post, mas este blog tem vida própria como não me canso de dizer, e em alguns textos tira os espaços e junta tudo ao monte, noutros aumenta os espaços e fica como viram. Espero que hoje fique decente.

A saga vai continuar dentro de momentos, mas antes queria referir aqui, o encontro com duas amigas que ocorreu este fim de semana, uma já "habitué, e outra que ainda não conhecia. Foi um encontro agradável, embora da minha parte pouco participativo porque os gémeos não dão chance de se fazer algo que não seja dedicar-lhes toda a atenção (e ás vezes não chega). Acho que elas tiveram uma pequena percepção do que é ser mãe de duas crianças pequenas e não estranharam quando lhes disse para pensarem na hora das transferências de embriões se queria dois ou um... Gostei muito do encontrozinho, espero repetir mais vezes.

Agora vamos ao convivas do baptizado (ainda não convidei ninguém mas enfim...). Uma vez mais as minhas idéias fixas me dizem que um baptismo é uma cerimónia de família, e que não faz sentido nenhum estender aos milhentos amigos e sua prole, até porque as massarocas não são demais e teríamos não uma reunião familiar simbólica e sim uma cerimónia tipo "Karen Jardel e Felipe Gaidão" (passo a publicidade claro).

Para mim seria mais do tipo avós e tios directos, mas como existem outros familiares que viveram juntos connosco todo este processo e nunca se cansaram de nos apoiar e ainda hoje nunca esquecem os pimpolhos, será justo que se convidem.

Devo acrescentar que será mais a família da parte do A. do que da minha. Infelizmente, venho de uma família desunida, não me envergonho de dizer, que da parte da minha família directa (tios e tias), a esmagadora maioria não conhece os meus filhos, nem nunca me deu sequer um telefonema de felicitações. Não temos grandes relações, uns estão por aqui outros por ali, mas a verdade é que não me dizem absolutamente nada.

A família do A. pelo contrário, é muito unida, talvez por serem só irmãs (e do meu lado serem irmãos dos meus pais), andam sempre juntas e fazem festas a propósito de tudo e nada. Sempre estiveram comigo, e com os meus filhos. Festejaram até ás lágrimas quando engravidei, estavam sempre a visitar-me e a mandar-me coisas quando fiquei em casa, e não me largaram quando estive no hospital, choraram e fizeram promessas pelos meus filhos, para que ficassem bons.

Para mim é evidente que quero que estejam presentes no baptismo dos pipizes.

Beijos a todas

terça-feira, abril 22, 2008

Padrinhos

No seguimento do tema "baptismo", julguei coerente da minha parte fazer uma espécie de "saga" relativa ao baptizado dos meus gémeos. Neste post, abordarei a questão dos padrinhos.



Sempre achei e me ensinaram, que um padrinho é para ser um substituto parental, ou seja um padrinho/madrinha, será a pessoa que estará mais vocacionada para substituir os pais à falta destes. Este foi um facto que sempre levei muito a peito, e a verdade é que até hoje só tenho 1 afilhado, que é precisamente meu sobrinho, filho da minha única irmã. Apesar de ter tido muitos convites para madrinha de filhos deste ou aquele amigo, sempre declinei educadamente, porque realmente para mim não tinha lógica nenhuma ser madrinha de alguém que não é da minha família e relativamente a quem não seria a pessoa mais indicada para assumir uma função parental.



É um facto, que hoje temos os maiores amigos do mundo, amanhã essa amizade pode ser defesfeita por qualquer motivo inglório, e a criança que até apanhou connosco como padrinhos vê-se privada da convivência "padrinhal" e do respectivo tributo anual (vulgo folar). Enquanto que se for da familia, por muitas desavenças que possam existir (salvo raras excepções evidentemente), esse laço parental continua a existir e o convivio com a criança será mais fácil apesar das eventuais desavenças.



Agora, quando chega à horinha de escolher os ditos padrinhos a coisa não é fácil. Porque o irmão ou a irmã é casado com fulano ou beltrano, porque tem de se ter um padrinho do lado da mãe e outro do lado do pai, porque tem de ser padrinhos novos, porque isto e porque aquilo.



O facto de se ter 2 filhos de cada vez, torna até a decisão padrinhal mais fácil. Porque à partida podemos escolher 2 padrinhos de cada lado da familia parental, e assim não fica ninguém a "ratar" de ninguém e não fica ninguém amuado porque se escolheu os padrinhos do lado da mãe e não do lado do pai (porque geralmente é o que acontece).



Como sabem, eu não sou nada indecisa, planeio as coisas ao pormenor e detesto pessoas que dizem constantemente "não sei" a propósito das coisas mais banais. Antes de engravidar já tinha um nome para menino e menina (custou foi a engravidar, mas isso agora...), quando engravidei e soube que era um menino e uma menina, decidi em pouco tempo que seriam os padrinhos.



Na minha escolha, e uma vez mais epiricamente excluí pessoas que são de familia por empréstimo, ou seja as casadas com. Porque se é verdade que as amizades acabam, também é verdade que os casamentos acabam, por isso excluí as cunhadas (sorry!), cunhados não tenho por isso a coisa ficou mais fácil.



Se do meu lado sempre soube quem iriam ser os padrinhos, do lado do A., a escolha não foi fácil, e escolheu-se o padrinho por falta de opção (oh pá o mulherio é mesmo mau!!).



Então vamos ter com padrinhos da M: A avó paterna, e um dos tios;

Do L: O avô materno e a tia;



A mãe do A., minha querida sogra, sempre quis ter uma menina, quis Deus enviar-lhe 3 rapazes, um primeiro neto rapaz, a M e o L (e agora mais um neto rapaz a caminho). Ficou delirante quando soube que ia ter uma M., achei uma homenagem justa, vai ser a madrinha. O padrinho foi a escolha possível...



Quanto ao L., porque existe uma avó madrinha, para os avós do outro lado não acharem injusto, escolheu-se o avô (que leva o neto no "pópó" todos os dias à hora de almoço), e a única tia da parte da mãe.



É assim que se escolhem os padrinhos por cá!



Beijos a todas

segunda-feira, abril 14, 2008

Baptismo

Já marcamos o baptizado dos nossos pipizes. É certo que deveria ter sido um pouco mais cedo, porque eles já são um bocado grandotes, e na altura ainda serão mais, mas o processo de ir com dois bebés berrões para uma igreja confundia-me um bocado e portanto fomos adiando.

Vai ser em Maio, mês da Padroeira deles, mês de Maria, ou não fossem eles os dois Marias... Vai ser um baptismo só deles, porque os baptismos colectivos confundem-me e a colectividade de quem tem gémeos já é um bocado grande. Se não vejamos, dois bebés, mais dois papás, mais quatro padrinhos... Enfim... Se a isso juntassemos mais seis ou sete criancinhas... E respectiva família não ia ser fácil.

Já vão entrar na igreja pelo seus próprios pés. Se calhar vão fazer uma birrinha. E com certeza não vão gostar da banhoca da água fria. Mas vão a banhos os meus pipizes!

Agora, é o corre corre da preparação da festa, que apesar de não ir ser muito grande, terá sempre uma quantidade de pessoas porque a familia é grande, e eles são muito amados por toda ela. A história dos convites tem de ser muito bem analisada, porque não podemos deixar que ninguém se sinta posto de parte. Já no aniversário houveram pessoas que ficaram aborrecidas por terem sido preteridas, mas paciência, temos de ser coerentes.

Depois do "fiasco" do bolo de aniversário, o bolo já está marcado, só falta escolher o formato, e isso vai ser muito difícil, porque quero algo tão especial como são especiais os meus filhos para mim, algo que simbolize a união de duas crianças que partilharam o ventre materno, e são rapariga e rapaz... Por isso digo não vai ser fácil, mas espero que fique bem!

As "toiletes" já estão compradas, é claro que aquelas maravilhas de seda e rendas (carérrimas), não são de todo viáveis em bebés marmanjões que já caminham, mas numa loja onde tinham muitos tesouros de tecido, encontrei as roupas que me pareceram seriam adequadas aos meus príncipes. A idéia inicial era mandar fazer, até porque tinha umas idéias todas "xpto", mas de facto ao entrar naquela loja, ou passar a minha mão por todos aqueles tesouros expostos, não resisti e delapidei o orçamento "madrinhal" (sim, esta é a parte melhor, nós escolhemos e as madrinhas pagam...).

Será em azul celeste para o meu príncipe dos olhos azuis, e em cor -de -rosa açucarado para a minha princesa morena. Encaixes bordados à mão e tecido tão fino como uma casca de ovo... Rigorosamente iguais na versão feminina e masculina, uma perdição...

Depois os sapatos, comprados numa outra loja já com algumas décadas também, lindos, exactamente à mesma côr dos tecidos, versão lisa para ele e versão florida para ela... Até a solinha é da mesma côr...

Faltam as velinhas e as toalhinhas que queremos bordadas com os monogramas (LM&MM), para imortalizarem o dia em que receberam o seu primeiro sacramento, e para se um dia o desejarem passarem para os seus filhos.

Depois de um belo dia passado nas compras, voltamos, de bolsos vazios e coração cheio. Cheio de amor...

Beijos a todas

quinta-feira, abril 03, 2008

E esta hein...

Antes de mais, quero mostrar o presentinho que nos foi enviado por esta amiga . Já sabes que adoramos, mas não resisti em mostrar aqui.

Depois, vamos ao tema deste post propriamente dito. A verdade é que já regressei de férias, mas tenho andado superlotada de trabalho e nem tenho tido tempo de viajar pela blogosfera. No entanto, não queria deixar de dizer que em nossa casa está a acontecer uma coisa muito engraçada.

O L. (meu rico filho), como já sabem já caminha. Até aqui nada de novo, o estranho é que o rapazote começou também agora a gatinhar... Sim a gatinhar... Anda tipo coelhinho da duracel, e quando caí, se não está num sítio que lhe permita apoiar-se para se levantar, vai a gatinhar até onde consiga levantar-se... E esta hein?!!

Beijos a todas

quinta-feira, março 27, 2008

Datas memoráveis

Faz hoje um ano, dia estava cinzento, com breves abertas, e intensos aguaceiros. A mala azul saía de casa, agora mais vazia, mas prometia voltar com novidades. Chegados à Maternidade, ultimaram-se os preparativos, tiraram-se finalmente os catéteres da medicação; Vestiram-se os fatos,os primeiras que só foram usados por breves instantes. O nervoso era miudinho, escutaram-se as últimas recomendações.

As "babycoques", enormes, receberam por fim os passageiros, que perdidos dentro dos fatos brancos de saída e debaixo das mantas e gorros pareciam ainda mais pequenos. À saída, o carro cinzento recebeu os passageiros, no meio deles, no banco trás ia a mulher mãe com um enorme sorriso no rosto, ia começar a aventura da sua vida...

Esta semana, o L andante, soltou as amarras, agora anda sozinho para todo o lado e já nem quer mão, é bem giro vê-lo tipo bonequinho de corda a correr tudo e meia volta a cair, já nem chora... Só quer andar atrás da mãe e não pode ver uma sanita aberta...

A M. já tem um dente (yupi!), o ano trouxe o primeiro dente à minha pipoca e ela está cada dia mais lindaaaaa.

O vocabulário também está mais extenso, finalmente ontem, disse a palavra mais doce de todas. Foi com enorme emoção que ouvi o "mammmmaaa" seguido do esticar de braços com que costuma pedir colinho, nem sei que diga...

Estamos de férias, e elas têm sido tão diferentes das nossas últimas férias, com eles, estão tão crescidos.

Beijos a todas

segunda-feira, março 17, 2008

V

Escrevo para relatar o dia do primeiro aniversário deles, dos meus gémeos, dos meus filhos.

Será dificil passar para palavras escritas todo um leque de sentimentos que me assolaram quer no próprio dia, quer nos imediatamente anteriores e seguintes.

O dia amanheceu cinzento, ao contrário do que tinha acontecido há um ano atrás, juntamo-nos os três na cama da mamã (porque o papá foi trabalhar), passamos a manhã como tantas manhãs de Sábado, de pijama a brincar pela casa fora. A mãe decidiu começar a encher balões para a festa, ficaram eufóricos e queriam agarrá-los mas eles fugiam por entre os dedos, davam guinchinhos de prazer e ficam de olhos esbugalhados a verem aquela pequena porção de cor a sair dos lábios da mãe.

Não sei porquê, mas cada vez que olhava para eles vinha-me à memória todo o passado, abracei-os mais vezes que o usual e com mais força também, como que para ter a certeza que não eram um sonho, que estavam ali.

A festa reuniu todos aqueles que o ano passado fizeram romaria no hospital à espera da chegada deles, e os que não estando presente em físico estavam em mente e telefone. Os familiares directos claro, porque se fosse todos aqueles que vibraram e aguardaram a chegada deles com expectativa, tinha de alugar uma quinta. Ainda assim eramos 24 pessoas.

Este ano, ao contrário do ano passado, eles não goraram as expectativas, e apareceram à hora marcada para receberem os muitos beijos, abraços e colinhos que tinham à disposição, portaram-se muito bem, muito calmos, sem stressar muito com a confusão.

Na hora dos parabéns, cada um no colo dos pais, senti que ia vacilar. Naqueles breves instantes, todo o percurso rodou na minha cabeça, tantas imagens tantos sentimentos que parecia que estava a ver um filme. Naquele momento, enquanto as lágrimas me caíam pela cara abaixo apercebi-me que era uma vencedora. E lembrei-me de tantas de vós, minhas amigas que mereciam também uma vitória...

Beijos a todas

sábado, março 15, 2008

1º Aniversário


Estes é o cartaz que vamos ter na nossa porta,hoje é dia de festa...
Beijos a todas

quinta-feira, março 13, 2008

A nossa música de sempre...

Depois de mais um aniversário meu e quase em vésperas dos deles, eu pergunto: Onde andei eu 36 anos sem eles...

Beijos a todas

terça-feira, março 11, 2008

Dentes

É oficial, a M, princesinha, também já dá uns passitos sem apoio, claro que dá 3 passinhos e estende logo a mãozita para se sentir mais segura. O L. já percorre maiores distâncias, mas ainda muito trôpego.

Agora, o que me está a preocupar deveras, são os dentes... Ora vejamos, o L. já tem 7 dentuças (lindas) cá fora a brilhar, e a pobre M. ainda exibe o mesmo maxilar desdentado desde que nasceu, come comida sólida tão bem ou melhor que o irmão, mas nada de aparecerem os dentes... Ora isto não está certo, será que ela está com algum problema?

Quanto à "real" festa dos principezinhos, tudo encomendado, e os convites feitos. Agora, o problema vai ser "acamar" todos os convidados dentro da minha sala... Mas isso agora....

Beijocas desdentadas

segunda-feira, março 03, 2008

Andante...


Depois de alguns ensaios, mais ou menos trapalhões, eis que ontem o L. deu os seus primeiros passos sem ajuda, ainda se atrapalha porque quer andar muito rapidamente, Mas já anda sózinho, está a caminho da sua independência o meu filhote.
Não nego aquelas lágrimas que me cairam pela cara abaixo enquanto o incentivava, ria para ele e lhe dizia: "Que lindo! Que lindo!" - é uma emoção enorme vê-los evoluir, e o andar será um marco importante da evolução deles como há milénios já o foi para o homem.
A M. já se equilibra muito bem, e é menos trapalhona que o irmão, mas é medrosa, e ainda não conseguiu dar o primeiro passo sem mão. Fica de pé sózinha, começa a dar aos bracitos, mas não tem coragem...
Acho que todas as mães passam por momentos de angústia durante a avolução básica dos seus filhos, temos sempre medo que eles tenham algum problema que não lhes permita evoluir como os outros miúdos, então quando eles atingem marcos marcantes na sua evolução, é uma alegria enorme e ao mesmo tempo um grande alívio, porque aparentemente eles estão a evoluir dentro do esperado.
Relativamente ao assunto do bolo, agradeço os contactos, mas realmente não consegui disponibilidade para a data. No entanto tenho uma pessoa conhecida, aqui na minha zona, que faz umas coisa engraçadas e lancei-lhe o desafio. Tirei da net uma foto de um bolo que gostei e dei-lhe para ela copiar. Vamos a ver como fica. Também, o importante não é o bolo, é que eles estejam bem e de saúde, e que estejam rodeados de todos os que os amam desde o 1º minuto das suas existências.
Beijos a todas

sexta-feira, fevereiro 29, 2008

Bolos & Cª

Com a chegada do grande dia, 15 de Março, anda uma mãe toda contente a tentar organizar o evento com pompa e circunstância, para o primeiro aniversário dos seus pipizes. Depois de ver vários blogs de "bolos artísticos", constatei que a grande maioria era de Lisboa ou arredores, logo tornava o "povo do norte" excluído. Fiz alguns contactos a familiares e amigos, que prontamente me arranjaram contactos de pessoas que faziam os ditos bolinhos, aqui na zona do Porto.

Faço o primeiro telefonema... A pessoa diz que vai estar ausente nessa data. O segundo telefonema... Também. Num blog cujo endereço me foi enviado por uma amiga diz que só aceitam encomendas para Abril. Num terceiro contacto arranjado descubro o motivo desta ausência toda... Não é que vai haver uma feira em Londres e uns Workshops para estes profissionais, precisamente de 13 a 16 de Março.... Grrrrrr, Grrrrrrr!

Agora quê?! Vou ao Modelo comprar o bolo??? Aceitam-se contactos!!!!

Beijos a todas

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

The final Count Down

Era assim que estávamos o ano passado...

Beijos a todas

sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Ora bolas

Serve este post para fazer apanágio à primeira palavra compreensível da minha prole, mais propriamente da minha rica filha M. Devo acrescentar que eles não são mudos, só que até agora, só vão pronunciando uma quantidade de papapss, peps, cacs e outros sons que eu por muita boa vontade que tenha e por muito mãe galinha que seja, não posso atribuir significado específico.

Ora, estavam os "papais" em casa de uns amigos, no passado fim de semana (oh pá! Eu sei que já passou quase uma semana do evento, mas não tive tempo para actualizar isto antes), e o pequenos "infantes" sentadinhos à mesa nas suas cadeirinhas, a enfiarem as mãozinhas gorduchas nos pratinhos de arroz que tinham na sua frente, quando entra o cão dos donos da casa. A mãe atenta, acto contínuo diz: "M. olha o cão!" - e a M. mais rapidamente ainda: "Acã" - A mãe fica perplexa e julga ter ouvido mal... A bicheza lá volta a passar por debaixo da mesa, e a M. agora mais alto: "Acã"

Não tinha ouvido mal, estava lúcida (ainda estavamos no príncipio do almoço...), de repente pensei: "Então anda uma "gaija" 9 meses (ok foram só 8) com eles na barriga, cheia de enjoos, cãimbras, e todas as demais maleitas. Anda uma "gaija" a deformar o corpinho de miss... E a primeira palavra compreensível que nos diz o rebento é "ACÃ"????!!! Ninguém merece!

Beijos a todas

sexta-feira, janeiro 25, 2008

Encontros & Desencontros

Ontem, estava a ler um jornal, e eis que me deparo com uma pessoa que não via há anos. Uma pessoa que fazia parte de um grupo a que pertencia quando era "teenager" inconsequente e andava no liceu. Estava lá porque é sub-director de um grande jornal nacional e recentemente publicou um livro.

De repente fiz um "rewind" na minha cabeça e voltei áquela época e lembrei de tantas pessoas que tinha conhecido e convivido e que a vida tinha levado neste ou naquele caminho, pessoas cujo rasto perdi.

O "M" era uma delas. Sempre foi um rapaz bizarro, muito introvertido, vestia sempre de preto, sem ser gótico (até porque naquela época ainda não se sabia o que isso era), e comprava religiosamente o "Blitz" (jornal da época que nem sei se ainda existe. Confesso que nunca tive pachorra para ler mais do que umas linhas, mas adiante...).

Cínico assumido (o "M"), só ouvia música "estranha", e para ele grupos com os U2 e os The Cure eram "rubish" para galinhas doidas (nós, o mulherio) ouvirem. Era no entanto uma pessoa com uma cultura geral vastíssima (fruto da leitura do "Blitz" claro!), e com um espírito crítico super acutilante, daí o vir a ser um jornalista de sucesso.

Devo acrescentar que efectivamente o "M" (super jornalista) não tinha grande sucesso com o mulherio, porque realmente nós gostavamos deles menos bizarros e com gostos mais normais, daí que ele lia o "Blitz" e os "oitros" ficavam com as chavalas... Mas ele era bom rapaz... Fiquei feliz por saber que está a ser bem sucedido profissionalmente.

É engraçado, que olhando para trás verifico que conheci imensas pessoas que não sei se são vivas ou mortas. É assombrosa forma como peneiramos as amizades, e mantemos mais contacto com esta ou com aquela pessoa, na vez daquela outra. Os meus melhores amigos e amigas, são ainda dessa época, e a esses juntei mais uns quantos que conheci na faculdade e a esses outros que fui conhecendo aqui e ali. Mas se pensar bem na quantidade de pessoas que cruzou e cruza a minha vida, vejo que é realmente fantástica a maneiro como fazemos a selecção natural das nossas amizades (ás vezes lá temos uma surpresa desagradável, mas isso agora...).

Beijos a todas

segunda-feira, janeiro 21, 2008

O som do silêncio

Há dias em que acordamos com o "espírito" cansado, dias em que a nossa mente deambula por todos e mais alguns assuntos menos aqueles por onde devia andar. O trabalho não sai, a energia esvai-se, e tudo o que fazemos é deambular pelo mágico mundo dos pensamentos oblíquos.

Neste (felizmente poucos) dias de falsa preguiça mental, discorremos a nossa vida de todos os ângulos possíveis e imaginários. Pensamos e analisamos o que fomos, o que somos, o que fizemos, o que fazemos, e o que deveríamos ter feito e deixamos para trás. Lembramos tantas coisas que estavam no sítio mais recôndito do nosso baú da memória, e sorrimos parvamente ao revermos mentalmente este ou aquele acontecimento.

É nestes dias perdidos que nos apetece pegar no carro e ir sem rumo ao som de uma boa música e parar numa praia qualquer. Meter os pés descalços na areia e ficar ali... Só a olhar para o mar e a ouvir o som das ondas...

E de repente, alguém me chama. Interrompi por momentos este devaneio. Não há respeito... Agora que estava embalada pelo som do mar, perdida num momento de silêncio tão meu. Agora que a minha vida é pautada por choros, sorrisos e chilreares e não existem momentos de introspecção consentida, e faz-me tanta falta... Falta-me o momento interior em que vislumbro a minha alma... Só eu e ela... Só eu e ela...

Beijos a todas

quarta-feira, janeiro 16, 2008

Bonança

Depois da tempestade... Uns dias de bonança... E nada melhor que uma bela imagem de pôr do sol, para animar estes dias frios e chuvosos de Inverno.

Estivemos doentes: Primeiro a M, logo de seguida o L. depois a M. novamente e para finalizar a mãe. O cansaço aliado a um estado gripal foi muito doloroso. Mas felizmente já passou.

Fizeram ontem 10 meses, os pipizes, estão grandes e espertalhaços, quando olho para os bebés que foram fico impressionada com a evolução, estão lindos...

Fui inscrevê-los na escolinha, só vão em Setembro, mas já fui fazer a inscrição. Fiquei com o coração apertado, à medida que ia percorrendo as instalações para conhecer o espaço... É uma boa escola, com boas condições, e para Setembro ainda falta muito tempo... Mas ... O tempo passa tão depressa... E acho que me vai custar tanto deixá-los...

Beijos a todas

sexta-feira, janeiro 11, 2008

Mãe de gémeos...

Sem sombra de dúvida!
Beijos a todas

quarta-feira, janeiro 02, 2008

2008

Depois daquele que foi "O Ano" de 2007, surge a necessidade de se fazerem as apresentações ao novo ano, o de 2008. E digo fazer as apresentações, porque "O Ano" 2007 será dificil de igualar pela positiva,logo, qualquer ano vindouro terá a responsabilidade acrescida de se tornar tão bom ou melhor que "O Ano".

Dizem que este ano será de mudanças, de rupturas (os astros claro...), o que há partida não será um grande prognóstico, mas como por cá os prognósticos só se fazem "no fim do jogo", eu espero que este ano traga para mim e para os meus: Saúde, serenidade, felicidade e... Algumas "massitas" para gastar (claro!).

Desejo a todas as leitoras deste blog, um excelente 2008.

Beijos a todas