quarta-feira, janeiro 28, 2009

Não sei se é de mim, ou isto anda tudo doido e cego?!?!

Ele é "freeports", ele é "apitos dourados", ele é "BPNs", "BPPs", "Isaltinos Morais", "Fátimas Felgueiras", "Casas Pias"... E não se passa nada, ninguém é responsabilizado ninguém faz nada... Estaremos todos doidos?!

Históricamente, os tempos que antecedem grandes mudanças e grandes "crises", são geralmente caracterizados por desmandes dos mais variados. Já assim foi antes da queda do nosso império ultramarino há muitos séculos atrás e voltou a suceder várias vezes ao longo da história. Longe de mim querer dar lições de história, mas antes fazer um enquadramento para ver se consigo achar alguma lógica na questão.

Desde tempos imemoriais que somos uns "gandas malucos" e uns "espertalhaços" com grande olho para o alheio. Senão vejamos, o nosso D. Afonso (o Henriques), que cobiçava aos espanhas e aos mouros o território e tudo fez para que tivessemos hoje este nosso pedacinho de terra à beira mar plantado. Ao longo do tempo, foi crescendo essa cobiça pelo alheio, e instituiu-se aquilo a que vulgarmente se chama o "chicoespertismo" nacional, que culmina com as histórias mais estapafúrdias de corrupção, luvas e roubo descarado, sem que exista alguém que pareça importar-se muito.

Vale tudo, e o certo é que o que interessa é roubar o mais possível, caso contrário corre-se o risco de ir parar com os ossos a uma cadeia. Ou seja: VOCÊ leitor atento (Sim VOCÊ)! Não pense em roubar um pão para comer... Traga logo o supermercado todo, roube patrão do supermercado e todos os supermercados da região... Otherwise... Vai para Custóias ou outra semelhante (isto porque vão encerrar Guantanamo, senão iria para lá ser torturado até à morte para saberem para que raio queria um simples pão).

Noutro dia, vi na tv, uma reportagem que por diversos motivos me interessa directamente. Uma fraude no Instituto de Emprego superior a 6 milhões de euros (SEIS MILHÕES!!??). Tenho seguido esse caso que ao que parece não suscita muita curiosidade e/ou revolta. Existe um funcionário arguido e outros contornos que não vou explicar aqui (a notícia está disponivel online quem quiser que a consulte).

O certo é que no acompanhamento da notícia, outro dia vi que pediam a demissão da chefe do dito Centro de Emprego, escarrapancharam o nome da mulher no jornal e toca a pedir a demissão. Até aqui tudo bem, só que ela não é a suspeita, nem foi constituída arguida. Pedem a demissão tão somente porque não conseguiu detectar uma fraude (ao que tudo indica bem montada e orquestrada) efectuada por um funcionário da instituição que chefia... E pasmem-se, o dito funcionário continua a trabalhar como se nada fosse e as provas físicas (que existiriam) a esta hora já se desmaterializaram... E querem demitir a chefe...

Esta é uma das histórias das que têm surgido e que têm impunemente passado do verbo ser no presente ao foi no passado. O alarmante é que ninguém parace incomodar-se ou revoltar-se com o estado da justiça em Portugal. Que fazem os juizes a estes casos?? Aliás que raio fazem os juizes nos tribunais portugueses?? Também recebem luvas??? Isto não é, não pode ser considerado normal. Estamos a caminhar para uma era em que uma pessoa honesta será considerada uma pessoa marginal...

Onde é que noutro país se vê um Vale Azevedo a pavonear-se de Bentley "ali ao lado" quando anda fugido da dita justiça. Onde se vê uma Fátima Felgueiras "in and out" no Brasil e ser recebida em apóteose depois de ter fugido à justiça para ter tempo de desmaterializar as provas. Onde se vê um funcionário a lesar o estado (nós pagantes, contribuintes!) despedirem a chefe e o tipo continuar a trabalhar e como é óbvio a roubar............................. Podia continuar por dias......

Será de mim?!!! Ou está tudo doido!

Beijos a todas

segunda-feira, janeiro 19, 2009

Felicidade!?

Como sabem eu por cá sou um bocado avessa a correntes, desafios e coisas afins. Mas com este desafio me foi proposto por esta amiga não podia recusar, por isso aqui vai a minha perspectiva de felicidade ou falta dela.

Humanista por vocação, mas rendida à objectividade dos números. O encontro com a palavra é para mim por demais importante. Uma palavra pode começar uma guerra e uma palavra pode terminá-la, tão grande é o seu poder. É com grande paixão de destrinço conteúdos e significados de palavras e por isso mesmo, ler é para mim o mais básico dos amores.

Contudo, existem palavras cujo significado não é de todo objectivo, palavras de significado abstracto, ou seja não existe uma definição objectiva para essas mesmas palavras. A palavra felicidade é uma delas, e talvez por isso umas palavra dificil de definir.

Em primeiro lugar, temos de ver se a felicidade é um acto ou um estado de espirito. Como acto, significa que realizamos algo que poderá ou não tornar o estado de espirito de alguém feliz. Como estado de espirito poderá significar se somos ou não felizes...

Complicado?!

Claro que sim!

A felicidade, do meu ponto de vista é como uma Árvore de Natal. De per si não tem nada de extraordinário, é apenas uma árvore. Com os pequenos enfeites que lhe vamos colocando, poderá tornar-se numa coisa maravilhosa.

Ao longo da vida, vamos coleccionando eventos, com os quais vamos construindo a nossa Árvore de Natal. É claro que nem todos os acontecimentos que se cruzam na nossa vida serão bons ou proporcionadores de estado de felicidade. O que interessa é o saldo final. Se somarmos mais eventos felizes, então poderemos ser felizes. Se somarmos mais eventos infelizes então seremos menos felizes.

Reparem aqui, que não utilizo a palavra infeliz, não porque desconheça a sua existência, mas sim porque acho que assim como ninguém é verdadeiramente feliz, também ninguém é verdadeiramente infeliz, porque existirão sempre alguns momentos bons ainda que parcos na vida de uma pessoa.

Então e não há ninguém verdadeiramente feliz? Evidentemente! Não por não termos até uma boa vida, mas porque quanto mais temos, mais queremos e mais desiludidos nos sentimos por não atingirmos este e aquele objectivo, por mais mesquinho que ele seja. Trata-se como diz a Anna, de uma questão de fasquia alta demais, é mais ou menos como a busca da mulher/homem ideal.

Se sou feliz?

Depende dos dias. Há dias em que o brilho no olhar não deixa margem para dúvidas, outros porém, parece que o peso do mundo caíu sobre as minhas costas.

No geral?

Sim sou feliz! Tenho ao meu lado todos os que me amam e eu amo, tenho saúde e os meus filhos também, tenho emprego e ganho benzinho, tenho uma vida confortável...

Claro que poderia ser riquissima, badaladíssima, e ser casada com o Brad Pitt, mas será que seria mais feliz por isso??

Beijos a todas

PS. O desafio vai para todas que quiserem meditar sobre o tema, mas gostava de o ver abordado pela: Nina, Maganita, Bem me queres, Susana Pina, Alexandra e Grilinha

sexta-feira, janeiro 16, 2009

Maleitas de Inverno

Em tempo de frio, gela em nós toda e qualquer vontade de fazer o que quer que seja, exceptuando a vontade de estar sempre sem fazer nada. Desculpando a redundância, é mesmo isso que apetece, desde que o respectivo "fare niente" seja acompanhado de uma boa lareira acesa e um bom cobertor polar quentinho enrolado à volta das pernocas.

Divagações à parte, a verdade é que não sendo possível tal ilusão, lá vamos andando às intempéries e quando estamos no tão desejado recesso de nosso lar, as tarefas acumuladas e as rotineiras impedem que nos sentemos nem que seja por cinco parcos minutos. Por isso vamos sonhando com lareiras e destinos quentes. Isso quando nos é permitido sonhar.

Digo isso, porque o pequeno infante "terrible", está com a boca cheia de aftas. Esteve com febres muito altas sem o acompanhamento de sintomas, e depois elas brotaram na sua boca como cogumelos e o pobre baba-se dia e noite, não come e não dorme e chora o tempo que lhe sobra. Por isso, esta mãe que vos escreve é um ser penante há quatro noites consecutivas.

Se o meu pequeno anjo, está neste estado, nem quero imaginar o que acontecerá se a sua pequena irmã berrante também apanhar a mesma maleita... Acho que fujo para outro continente e ainda assim lá, vou conseguir ouvir os gritos dela... Tadinhos!

A vontade para trabalhar é pouca e o trabalho acumula-se na secretária. Talvez na próxima semana consiga ter a cabeça mais lúcida para resolver certas coisas. Porque hoje definitivamente não dá.

O Inverno é uma estação medonha. Detesto Inverno, detesto o frio, a chuva e todos os acessórios que vêm no pacote invernal. Não se pode fazer nada, andamos doentes, carregados de roupa, os virus proliferam em todo o lado... Bahhh!

Beijos a todas

terça-feira, janeiro 06, 2009

Ano Novo

No rescaldo deste último Natal, o de 2008, digo que foi bom. A pequenada já participou mais nas festividades, e já compreendiam que havia ali algo de especial. As prendas foram muitas, mas só lhes dei algumas para a "estragação" não ser completa.

Estão numa idade em que ainda não ligam muito às coisas, acham gira a novidade, mas depressa se cansam. Assim, optamos por ir dividindo as coisas, e podemos ver a alegria deles mais vezes.

As férias de Natal, trouxeram grandes desenvolvimentos, acho que foi algures por aqui que os meus bebés passaram a ser meninos, crianças.

A M. já diz tudo, está sempre a falar e a repetir religiosamente tudo o que ouve dizer. Aguentou bem as festividades até tarde, mas sentiu muito mais a agitação não dormindo nada as noites de festa. Passou o ano no colo da mamã.

O L. é sempre o mesmo passarinho mafarrico, que não pára um segundo e sente uma curiosidade enorme por tudo o que o rodeia. Fala menos do que a irmã, mas já se faz entender muito bem. Há meia-noite do ano velho já dormia sossegado no ninho.

Já vestem roupa de 2/3 anos, e algumas peças que há alguns meses achava enormes assentam-lhes agora como luvas.

O ano 2008, foi um ano de encanto pessoal. Espero que 2009 continue a ser um ano cheio de trabalho, dinheiro, saúde, porque o Amor, esse estará sempre cá e é imenso.

Bom Ano 2009 para todas