quarta-feira, maio 31, 2006

Antologia

Não sei. Falta-me um sentido, um tacto

Para a vida, para o amor, para a glória...

Para que serve qualquer história,

Ou qualquer facto?



Estou só, só como ninguém ainda esteve,

Oco dentro de mim, sem depois nem antes.

Parece que passam sem ver-me os instantes

Mas passam sem que o seu passo seja leve.



Começo a ler, mas cansa-me o que ainda não li.

Quero pensar, mas dói-me o que irei concluir.

O sonho pesa-me antes de o ter. Sentir

É tudo uma coisa como qualquer coisa que já vi.




Não ser nada, ser uma figura de romance,

Sem vida, sem morte material, uma idéia,

Qualquer coisa que nada tornasse útil ou feia,

Uma sombra num chão irreal, um sonho num transe.




Álvaro de Campos





sexta-feira, maio 26, 2006

Crónica de uma histeroscopia

Hoje, lá avancei mais um passinho de tartaruga, no contra relógio da infertilidade... Fui fazer uma histeroscopia.

É verdade que estava nervosa, se bem que estava "apalavrado" que iria fazê-la com anestesia geral. Não, não se riam!!! Eu sei que existem exames muito piores e que são feitos a "sangue frio", mas o que querem, eu sou uma mimalheca, e o médico compreende isso e facilita...

Quero destacar aqui, que o tratamento foi do melhor, desde a parte do internamento, onde fiz logo amizade com as enfermeiras (vou ter de lá voltar! Logo é preciso começar já a preparar o futuro!), até á parte do bloco, onde o pessoal era do melhor. Uma equipa jovem, profissional e muito simpáticos. Adorei!

O exame, em si não custou muito, até porque eu estava "pedrada" (é para começar a praticar para a minha sala de "chuto"), e como não estava bem a dormir, pude ver tudo... mas não senti nada. Aquilo lá por dentro é um bocado "sinistro", não acham? É claro que ainda tive tempo para fazer umas perguntas parvas...

As instalações e os equipamentos do bloco eram óptimos, fiquei realmente muito bem impressionada.

Depois de sair do bloco, e de volta à enfermaria, onde me deram como companheiras uma Srª idosa já nas últimas, e uma ucraniana que tinha feito um aborto "artesanal" e se estava a esvair em sangue. Estive a recuperar (mortinha por sair dali para fora) um bocado, e só me deixaram sair depois de comer uma canjinha (chlep, chlep). Ah! E deram-me um super penso higiénico que me ia desde á parte de trás do pescoço até à parte da frente... porque aqui a vossa amiga, foi em traje de gala e não levou nadita, nem chinelos, nem pensos higiénicos, foi com as unhas pintadas... enfim, tudo a que tinha direito! Fartei-me de ouvir "rabecadas"...


Depois ainda tive tempo para um solilóquio com o médico, que me garantiu estar tudo bem e prontinho para receber os ditos cujos (venham eles!). E lá vim embora com o meu A, que estava sequinho de estar à espera e morto de fome.

Achei particular piada a uma episódio com a médica anestesista, que não resito a contar: Ela era muito novinha, inicialmente até pensei que era enfermeira, estivemos as duas a "cavaquear" antes de eu entrar para a sala propriamente dita. Ela a fazer-me aquelas perguntas da praxe: "Quanto pesa?", "Tem algumas alergias?", etc. eu a dizer-lhe que estava cheia de pressa porque tinha de vir trabalhar de tarde, que tinha umas coisa importantes para fazer, ela logo para mim - "Nem pense! Hoje não vai poder tomar nenhuma decisão importante, nem passar cheques nem nada... e se amanhã não se lembra?" e lá foi fazer queixa ao meu médico, que depois de saber me esteve a descompôr.

Bem é certo que vim trabalhar... e acho que amanhã, quando estiver numa boa de papo para o ar, nem me vou lembrar de ter vindo!

Beijos a todas e bom fim de semana

quarta-feira, maio 24, 2006

Finalmente.... A FIV

Existem coisas na nossa vida, que nos causam dualidade de sentimentos, hoje aconteceu-me uma que me pôs exactamente nessa situação: Marquei o meu 1º tratamento de FIV.

Se por um lado, a alegria de finalmente sentir que estou a a"fazer alguma coisa de concreto", por outro lado a apreensão de ir entrar num mundo desconhecido está a gerar dentro de mim uma ansiedade e um terror genuino, e por vezes tenho de me forçar para não chorar.

"A mulher é maluca! Então não é isso que todas queremos?", pensam vocês, e se calhar têm alguma razão naquilo que dizem, mas honestamente isto é aquilo que sinto. Sinto um misto de terror e felicidade, e este sentimento está a ser desconcertante.

Mas vou começar pelo princípio:

Na segunda-feira tive consulta, era por demais evidente para nós cá em casa, que "a coisa" não pegava e que, mesmo depois da cirurgia que fiz em Outubro, as criancinhas teimavam em não aparecer. Como a maioria de vós sabe, tenho endometriose, ainda que pouca, tenho! E um dos grandes problemas da endometriose é que durante o período menstrual e até mesmo antes, as dores são "horriveis". Logo a seguir à cirurgia fiquei bastante melhor, mas o panorama foi-se degradando e eu decidi antecipar o tratamento que tinha agendado para Setembro. Por isso fui fazer uma visitinha ao meu médico na 2ª.

Posto isto, avançamos com a marcação da primeira FIV (agora um aparte, eu acho que existe albuns e livros dedicados "a minha primeira comunhão", "o meu casamento", "o meu baptizado", porque não fazer um a dizer "a minha primeira FIV"?? deprimente não??). Claro que não vai ser já, porque tenho ainda de fazer a histeroscopia (vou fazer na 6ª), e depois tenho de ficar a aguardar a próxima menstruação, para iniciar a toma da pilula (quem diria o pessoal quer engravidar e receitam pilulas...), mas está marcada!

O protocolo é longo, o que deixem que vos diga me deixou aborrecida, então vai uma mulher andar a "picar-se" durante quase 1 mês, isto lá é coisa que se faça? Se fosse o curto a coisa ficava logo resolvida em pouco tempo... eu não sou cá mulher de grandes esperas (mas não sou eu que mando!).

Trouxe uma "catrefada" de medicamentos com nomes horrorosos para comprar, os quais tenho a certeza vão contribuir para a minha ruína financeira, juntamente com umas "sacadas" de compras que fiz noutro dia (porque andava deprimida percebem?)... a isto vem juntar-se um casamento que vou ter e para o qual vou ter de comprar mais umas coisitas, e se a isto juntarmos a prenda... bem mas não era disso que estava a falar, estava a falar dos medicamentos com nomes inpronunciaveis, que devem ter efeitos secundários ainda mais inpronunciaveis que vou ter de tomar.

Mas o pior disto tudo, é eu ter de converter a minha casa, o meu lar, numa casa de "chuto", então não querem ver que eu tenho de dar as injecções a mim própria?! Tenho até de ir ter aulas para aprender como se faz?!?! Ah! Minhas amigas!! Nunca pensei que teria de chegar até aqui...

É verdade, e agora fora de brincadeiras... nunca pensei que tivesse de passar por isto... tudo na minha vida foi conseguido a "pulso", nada me veio ter de "mão beijada". Trabalho que me farto para ter alguma coisa... enquanto vejo outros que têm tudo com a maior das facilidades, que sempre tiveram... revolto-me! Eu sei que não devo... mas revolto-me! As lágrimas querem cair, mas não as deixo... queimam-me... porque será que para algumas pessoas é tudo tão fácil? E para outras é sempre tudo tão duro?

Pronto, e este é o desafio de que vos falava... na segunda-feira ainda não sabia mais pormenores, sabia que ia fazer, mas não a data exacta, hoje fui buscá-la... o desafio foi aceite!

Beijos para todas

segunda-feira, maio 22, 2006

Desafios...

"Não é o desafio que define quem somos nem o que somos capazes de fazer. O que nos define é o modo como enfrentamos esse desafio."

Hoje aceitei mais um desafio... a ver vamos!

domingo, maio 21, 2006

Sobrevivi...

Depois da minha odisseia pela festa familiar de que vos falei no último "post", eis-me de volta ao meu melhor estilo para vos de dizer que sobrevivi...

A festa foi como esperado, montes de pessoas conhecidas, e outras menos conhecidas, e montes de miúdos... ou não fosse aquela uma festa de aniversário de um miúdo! Não vos vou massacrar com os pormenores, porque realmente todas já passaram por aquilo que passei, e sabem quais os sentimentos pouco nobres que nos assolam, quando vimos um garoto de 1 ano e meio a correr para a mãe com aquele sorriso de orelha a orelha de verdadeira felicidade e amor incondicional pela sua mãe... não foram poucas as ocasiões em que me apeteceu desertar porque as lágrimas, teimavam em querem descer e eu que sou mais teimosa do que elas não as deixava... mas lá me aguentei.

Não pensem que foi fácil, estas festas são feitas com requintes de malvadez... é o almoço... o lanche... e depois o jantarinho... não falta nada! E para culminar de forma brilhante, e mesmo sofisticada, eis que o Mr. red apareceu com toda a sua aura brilhante... 22 dias... fabuloso, isto vai de mal a pior!

Que querem que vos diga, foi a cereja no topo do bolo!

Então hoje, como vos dizia passei o dia de barriga para o ar... mas, não pensem que foi "numa boa", foi cheia de dores horríveis e entupida com Nimeds... Que bom! Adoro isto!

"Nada acontece por mero acaso. Não existe sorte. Existe um significado por detrás de cada pequeno facto.
Talvez não o consigamos ver de imediato com clareza, mas não será preciso muito tempo para que isso aconteça.!"


In Nada ao Acaso

Fiquem bem amigas e tenham uma boa Semana!

sexta-feira, maio 19, 2006

Crónica de um sofrimento anunciado...

Amanhã vai ser daqueles dias: Uma mega festa familiar para festejar os anos de um priminho que faz amanhã 1 aninho, o puto é o máximo, daqueles bébés bolachudos, gordinho, com os dentinhos com "raleiras" e cabelinho aos caracóis... mas é mais uma festa daquelas em que vamos encontrar todas as primas e primos com os seus pequenos rebentos, e os amigos da minha prima que também vão levar os seus rebentos para festejarem o aniversário do rebento dela...

Vão estar lá os tios, as tias, enfim toda a família, e nós... e vamos ter de ver e ouvir as mães todas babadas a contarem as peripécias dos seus filhotes, a degladiarem-se umas com as outras porque o de uma é sempre melhor do que o das outras... vamos ter de ouvir as frases da praxe... "Ah quando tiveres os teus vais ver!"; "Nem sabes a sorte que tens ando louca com estes miudos!; "Então e tu quando é que te decides?" - Arghhh!!!

Vou ter de sorrir com os dentes todos e dizer a todas como estou feliz por poder partilhar aquele momento com as criancinhas todas, e que sou uma mulher atarefadissíma, por isso é que não quero crianças que me importunem a minha fútil existência... entretanto, espero que exista lá algumas garrafitas de algo mais do que sumo de fruta, e vou aproveitar para beber uns copitos, uma vez que não sou mulher de tomar antidepressivos, e aproveito para ir dormir uma sesta descansada para não ter de enfrentar o maior problema da mulher infértil... os filhos dos outros!

Assim sendo, e como já estou em pré-depressão, aqui com o meu pessoal mandamos vir uma pizza da TelePizza para o nosso lanche... sim porque nós também somos filhos de Deus e a chefa hoje está com vontade de comer algo excepcionalmente "gorduroso". Diziam-me há bocado - "Estás com desejos??" - a minha resposta - "Não me parece!"...

Bem amigas, se eu conseguir sobreviver a mais uma odisseia familiar, vou passar o Domingo de barriga para o ar no meu cantinho à beira mar, e espero que façam o mesmo e que se divirtam muito!

BOM FIM DE SEMANA para todas

quarta-feira, maio 17, 2006

Este pequeno mundo...

Não é por opção que não tenho vindo actualizar este cantinho... não tenho vindo porque como já vos disse num dos "posts" anteriores, tenho andado a deixar o tempo rolar... deixei de estabelecer metas, contar dias, impor limites... Tenho vivido a 100% a minha vida, faço o que me apetece, bebo o que me apetece, como o que me apetece, faço amor com o meu marido quando me apetece!

Entretanto, como durante o dia de trabalho não posso fazer o que me apetece, tive de enviar os IRS, e preparar os Modelos 22 para enviar até ao fim do mês, e acreditem... não é pêra doce!

Entretanto, quando saio do trabalhito vou para o ginásio e chego a casa sempre a horas malucas, para ter de ir jantar e quando acabo de fazer tudo já estou enterrada de sono.

Estas, são todas algumas das razões porque não tenho vindo actualizar o meu cantinho, mas a verdade, é que também não tenho vindo porque estar longe deste pequeno mundo significa estar longe da infertilidade e de tudo o que ela representa. Estava a viver em função disto, 24/24 horas, o mundo da infertilidade invadia o meu ser, e não sei se estava a ser bom ou mau.

Se por um lado viver os pequenos dramas de cada uma de vós é uma ajuda, por outro lado, a dor penetrante que se sente é cada vez mais aguda, e por essa razão, de vez em quando não quero partilhar... não é que esteja a entrar numa fase de negação do problema (como aliás andei durante muitos anos), não quero é fazer deste problema um cavalo de batalha, a única razão da minha existência...

Esta semana também, confesso-vos que fiquei chocada, com a atitude de uma amiguinha da blogoesfera que teve há algum tempo o seu positivo. Pura e simplesmente apagou o seu blog... reconheço que para as que ficam sem positivos é dificil ver os positivos das outras... não é inveja... é um sentimento um misto de felicidade com desapontamento... é um "porque não eu?".

Reconheço também que para as que têm positivos, se torna "diferente", quando falam com as que ficaram para trás e vivem a angústia da infertilidade. O que não reconheço, e que me desculpem, é que as pessoas pretendam "apagar" os desabafos e as angústias de tempos passados... não se pode apagar o passado! Admiro aquelas que continuam apesar dos positivos!

Devo lembrar que este é um desabafo, é a minha opinião, não pretendo com istos ferir as susceptibilidades de ninguém...

Agora não podia deixar de terminar este "post", sem uma dedicatória especial a uma amiga que vai amanhã ter uma consulta importante... Tica, vou estar a pensar em ti amiga!

Beijos a todas

sexta-feira, maio 12, 2006

"Música de Praia"

"- Sou um homem muito frio, mãe. Há algo em mim que arrepia aqueles que tentam chegar-se a mim (...). Não quero ser assim, mas, mesmo quando estou consciente disso, não consigo ser diferente. Disse à Leah que o amor é mais uma coisa que tem de ser ensinada. Penso que pode ser dividido em várias peças numeradas para tornar o seu manuseamento mais fácil. Acho que ninguém me ensinou, mãe. E acho que passou por cima de ti e do pai. Toda a gente está sempre a falar de amor. É como o tempo. Mas como é que um homem como eu aprende? Como é que eu o faço sair da parte mais profunda do meu ser? Se eu soubesse como soltá-lo, partilhá-lo-ia com todos. Distribui-lo-ia generosamente à minha volta. Mas ninguém me ensinou os passos dessa dança. Ninguém desmontou o amor para eu ver como era feito. Acho que a única maneira como posso amar é em segredo. Há um rio profundo em cujas águas me posso saciar quando não há ninguém por perto. Mas como está escondido e por descobrir, não posso chefiar uma expedição até lá. Por isso amo de modo estranho e oblíquo. O meu amor torna-se numa espécie de conjectura e não me sacia nem me apazigua a dor."
Não resisti, este é um pequeno excerto de um livro que ando a ler, o seu nome "Música de Praia", é divino!
Espero que apreciem e aproveitem o fim de semana para namorarem, para lerem e descansarem.
Bom fim de semana para todas

segunda-feira, maio 08, 2006

Noite da mulher!

Este fim de semana, depois de muitos convites recusados, decidi ir jantar com uma grande amiga. Primeiro jantar, e depois farra que ninguém é de ferro, e isto de andar sempre a trabalhar e a chorar misérias tem de acabar.

Fomos jantar a um bom restaurante, comemos uma boa comida e bebemos um bom vinho. As conversas, entre nós, amigas há mais de 20 anos, surgem naturalmente, eramos inseparáveis quando adolescentes. Hoje como mulheres somos grandes amigas.

Eramos uma dupla imbatível as duas, a verdade é que eramos 3 (como as mosquiteiras), só que uma de nós era muito apagada, enquanto que as outras duas faziam a festa toda. Hoje continuamos as 3 muito amigas. Mas a 3ª não foi porque tem uma bébé com 3 meses.

A minha amiga tem dois miúdos, então a nossa conversas oscilou entre os prazeres/martírios da maternidade e a infertilidade (a minha). Ela queixou-se de que com os miúdos não tinha tempo para nada, não podia dormir até tarde, não podia descansar um minuto quando estava em casa, etc. etc. Mas, chegou à conclusão que realmente se não os pudesse ter que dava em doida, disse-me: "não sei o que fazia se não os pudesse ter... acho que ficava maluca! Não sei como consegues!"

Bom, depois de um jantar óptimo, fomos para uma bar óptimo, onde se juntou a nós mais uma amiga (que deixou a filha com o marido!), e encontramos outros amigos, e dançamos e conversamos até ás tantas da madrugada. Soube tão bem, vocês nem imaginam...o que não soube nada bem foi ter chegado a casa às 5h00 para ter de estar a trabalhar às 9h00...

O engraçado disto tudo, é que reencontrei, depois de milhões de anos, a minha paixão dos 12 anos. Nem vos digo, olhei para ele e disse para a minha amiga: "Aquele não é o X?" - ela "É acho que é!... Espera ... é ele é!"

Tão diferente que ele estava, ainda que os traços fossem os mesmos, continua bonito como era, só que naquela altura era um puto, agora é um homem. Já esteve casado, teve filhos e agora está divorciado. Há tanto tempo que não o via...

Caricato, é que quando eu tinha doze anos (ele tinha mais alguns), não queria saber de mim para nada, nem sabia que eu existia, na sexta-feira, derreteu-se comigo... Pois é meu querido... vens 23 anos atrasado!! É assim a vida!

Beijos a todas

Quero deixar um beijinho especial para a minha Mosquiteira Alex que vai fazer a sua consulta: "Amiga vai correr tudo bem! Estou a torcer por ti!!"

sexta-feira, maio 05, 2006

Manias eu?...

Agora a convite das minhas amiguinhas Cris e Tiquinha (suas malandras!!) vou aqui desvendar 5 das minhas manias em criança:

1º Chupeta... Só larguei quando fui para a primária... (não se riam por favor!!)

2º Andar a pedir sopa na casa de uma vizinha cuja sopa eu gostava muito, dizia que a minha mãe punha açucar na nossa... (estão a ver o que aconteceu quando fui descoberta...)

3º Beber vinho às escondidas, em casa dos meus avós que eram lavradores e tinham umas videiras fantásticas... Quando apanhava aquela caneca enorme na mesa e ninguém estava a ver, lá ia eu... a sorte é que deitava mais para a roupa que para o estomâgo... mas... acho que isso explica algumas coisitas!!!

4º Fugir da escola... depois quando comecei a gostar não queria outra coisa, mas o principio foi complicado!

5º Defender a minha irmã, como ela era muito timida, os miudos tiravam-lhe os brinquedos todos, e eu, que já naquela altura era "mosquiteira", ia lá, batia nos miudos e trazia os brinquedos de volta...

"Et voilá"... Nada mais tenho a acrescentar!

Beijos a todas, um beijinho especial para a Musa que conseguiu realizar o seu sonho, e finalmente encontrar a inspiração que buscava!

quinta-feira, maio 04, 2006

Teste

Bom aqui vai o teste a pedido da Alex!

O que estava a fazer há 10 anos atrás?
R: A trabalhar...e apaixonada!

O que estava a fazer o ano passado?
R: A trabalhar...e... continuava apaixonada

Os snacks de que eu gosto?
R: Dieta todo o ano... Brincadeira... Gosto de Mars, Kit-Kat, batatas fritas, amendoins... querem que diga mais???

Músicas que conheço de cor:
R: Todas as musicas da minha vida e arredores (tenho boa memória que querem!)

5 coisas que faria se fosse milionária:
R: Ai sou tão egoísta... deixava de trabalhar, viajava muito, fazia tudo o que me apetecesse... e claro e para a porta daquele que as minhas amigas sabem com um saco de dinheiro e exigia sair de lá com um filhote na barriga.
Agora vou fazer de boazinha... ajudava a minha família e os pobrezinhos.

5 coisas que gosto de fazer:
R: Tantas... a vida é bela... gosto de ir para a praia, gosto de viajar, gosto do sol, gosto de ir ás compras (sapatos incluídos), gosto de conviver com os meus amigos, adoro ler, ouvir música, andar de carro...

5 coisas que não voltava a vestir:
R: Cuecas de gola alta! (Não me lembro de mais nenhuma...ups!)

5 "brinquedos" favoritos:
R: Livros, carros, barcos, máquina fotografica, pc portátil... já estão 5!

5 pessoas que desafio para fazerem este teste:
R: A tiquinha minha mosquiteira! E mais ninguém!

Recordar o passado

Não! Não pensem que ando nostálgica! Nada disso!
Simplesmente achei que as minhas amiguinhas virtuais, deviam saber um pouco mais da minha história de vida. Quando comecei este blog, comecei a falar de um passado recente, resumi a minha história ao último ano da minha vida, ao inicio da minha luta desigual. Acho que agora, alguns meses passados sobre esse inicio, talvez seja interessante saberem como nós chegamos aqui.
Talvez pareça dificil acreditar, mas a nossa história começou há 19 anos atrás, considerando que eu tenho 35 anos, façam as contas... Conhecia aquele que viria a ser meu namorado há algum tempo, e juro-vos que nunca, jamais, em tempo algum, me passou pela cabeça sequer vir a namorar com ele.
Ele era um rapaz pacato, timido, eu era toda exuberante, super popular, fazia parte daqueles grupos que todos querem pertencer e só poucos pertencem... Naquela altura achava eu porque erámos melhores que os outros, hoje sei que não passávamos de uns putos mimados e palermas, com a mania que erámos muito espertos.
Era irmão de 2 rapazes desse grupo, mas não tinha nada a ver com eles (ainda bem!), era tipo o patinho feio da família. Eu achava o rapaz um verdadeiro homem das cavernas, porque ele estava sempre enfiado em casa e ficava envergonhado por tudo e por nada. Gostava deles mais vistosos, populares e sobretudo cobiçados...
Vim a descobrir depois, que ele também achava que eu era uma grande parva, porque andava sempre de nariz erguido com aquele grupo de betinhos, que não passavam de uns palermas.
Começamos a falar por acidente (no sentido literal da palavra), e a nossa amizade foi crescendo, crescendo, e de Outubro a Fevereiro decidimos começar a namorar. Não foi premeditado, não houve o pedido... simplesmente sabíamos que não fazia mais sentido sermos um sem o outro.
Tinha eu 16 anos e ele 17. A partir de Fevereiro começamos aquilo que viria a ser (pensávamos nós) a maior aventura das nossas vidas. Alguém disse um dia que o amor é como a metade de uma laranja, se partirmos várias e as misturarmos, depois temos dificuldade em encontrar para cada uma a metade respectiva, confesso que achei gira esta metáfora. E, se isto é verdade, confesso-vos que em várias ocasiões, tive a certeza de ter encontrado a minha metade!
Nem tudo foram rosas, evidentemente, ao longo de 10 anos de namoro existiram discussões, arrufos, términos, etc. Mas ao fim de 10 anos decidimos casar, não porque não sabíamos o que fazer mais ou porque era a única solução viável, nada disso! Mas o meu pedido de casamento contarei em outra ocasião!
Beijos a todas