sexta-feira, junho 27, 2008

Teorias

Antes de mais, uma correcção ao post anterior (não, não é acerca do nome da Águia), relativamente ao Dr. Vale Azevedo, que eu infamemente disse que estava no Brasil. Não está! Este facto, tem a ver com a razão de ele ter sido o único português preso por corrupção como é fácil de ver. Então o homem vai ali para o lado viver faustosamente e acha que ninguém vai saber??!! Tivesse ele tido umas lições de vigarice com "algumas" mulheres do Norte (ali mais para o lado de Felgueiras), e ficaria a saber, que o destino melhor para tirar umas "férias" da justiça seria mesmo o Brasil, até porque lá é quente e até poderia fazer uns liftings e tal...

Agora vamos ao assunto do dia, este vai ser um post sobre (des)educação, dos bebés, acho que nunca me manifestei acerca deste tema, que por acaso me é muito querido.

Quando estamos para ter um filho, é natural que vamos deitando a mão a tudo o que se escreve sobre o antes, o durante e o depois e que nos vai chegando às mãos. Principalmente quando os bebés nascem, tentamos encontrar em algum lado, a receita milagreira que nos permita educar os nossos filhos sem a menor margem de erro, como se de uma equação matemática se tratasse.

Rapidamente porém nos apercebemos de que a coisa não é bem assim, e que existem uma quantidade de teorias todas elas de diferente cariz o que ainda nos consegue baralhar mais. Uma das mais faladas e talvez a mais controversa é acerca do choro dos bebés.

É verdade, que a maior parte dos bebés chora muito. Choram pelas mais diversas razões: Ou porque têm fome, porque têm calor, porque têm frio, porque têm cólicas, ou porque simplesmente lhes apetece chorar. Ora, como eles não trazem manual de instruções, para nós mães é sempre dificil saber do que se trata, e umas mais do que as outras reagem de maneiras diferentes ao choro dos bebés.

Eu confesso, que à luz de algumas teorias seria totalmente "pichada e coberta de penas", porque nunca fui capaz de deixar os meus filhos chorarem só porque eles estavam comidos, limpinhos e até nem estavam doentes. Eles choravam e eu dava (e dou) colo. Muito colinho, muito miminho, e passava horas com eles ao colo até os braços chegarem a ficar dormentes.

Para mim não faz qualquer sentido deixar um bebé chorar, porque tem de aprender por si a dormir, ou a estar sossegado ou outra qualquer teoria. Os meus filhos em bebés adormeciam ao colo (e são dois) e posso dizer que era dos momentos que mais apreciava, estar ali com eles observar as suas feições, afagá-los nos meus braços e vê-los sucumbir à confiança num colo que é só deles. Ainda hoje quando precisam os adormeço ao colo, e não posso ouvi-los chorar. Se uma criança não encontra eco para o seu choro no colo da mãe onde vai encontrar??

São mimados? Com certeza que sim, o mais possível, se dar amor e carinho significa mimar! Será que vão ficar crianças mais dependentes pelo facto de terem andado sempre ao colo e não os ter deixado chorar para "aprenderem" a adormecer sózinhos? Talvez sim, mas nem pretendo de outra forma! Quero que os meus filhos saibam sempre que têm apoio e alguém que os acarinhe, porque se não fôr em casa vai ser onde?

Acho que nunca se ouviu falar de nenhum adolescente ainda andar ao colo da mãe. Eles têm tempo para crescerem e se tornarem autónomos e mais rápido do que aquilo que queremos.
Enquanto eu puder e eles quiserem, podem vir sempre agarrar-se às minhas pernas e balbuciar "côa" com os bracinhos estendidos que eu vou dar (o problema é quando está um na "côa" e o outro agarrado às pernas com o mesmo intuíto...).

Beijos a todas

sexta-feira, junho 20, 2008

Bring the boys back home (em apoteose se possível)

E pronto, depois de uma vergonhosa derrota contra uma Alemanha eficaz e certeira, lá termina mais uma campanha da "nossa selecção" por terras estrangeiras. Pode ser que agora deixemos de passar pelos carros e janelas adornados de verde/amarelo... Perdão vermelho e verde, e que o pessoal faça mais umas horitas a trabalhar porque já não tem de sair para ir ver os jogos da selecção.

Evidentemente que não é com alegria que vejo os representantes do país virem para casa, mas se pensarmos bem, a coisa não será assim tão má:

Os rapazes poderão ocupar as mansões no Algarve que estão às moscas, ou ocupadas pelos parasitas amigos e familiares;

As festas do algarve terão outro glamour e as revistas cor de rosa poderão vender mais alguns números à custa do CR7 família, amigos e namoradas;

O "Sinhô" Scolari pode ira passar uns tempos à terra antes de ingressar no Chelsea a 1 de Julho, para receber o seu parco vencimento. Aliás se pensarmos bem, a coisa até foi bem feitinha... Treinador de Portugal assina por um clube em pleno Euro 2008, a notícia até aparece assim do nada... O "home" precisa de uns dias de férias, vai ganhar "xptoyz" e está a borrifar-se para a selecção que ainda treina... AHHHHHHHHHHHHH o vil metal! Mas isso agora...

Agora pode a nação enfim descansar, podem os adeptos sossegar seus corações e deixar de dar lucro às cervejeiras (já nem falo das petrolíferas claro), podemos finalmente pensar naquilo que interessa... Quem irá ser o próximo seleccionador??!!!

Ora, eu votaria no Eusébio, mas o homem tem aquele problema da toalha, e está um bocado acabado.

Podíamos escolher o Pinto da Costa, porque apesar de não ser treinador tem jeito para a coisa e até se dá bem com os árbitros;

O Vale de Azevedo também era uma boa opção mas parece que ninguém sabe em que zona do Brasil ele está (Ah ele está no Brasil???);

Resta-nos talvez a águia (oh pá não sei o nome do bicho!!) pelo menos a ração deve ficar mais barata que as iguarias do chefe Hélio!

Ora como isto é um espaço de debate aceitam-se sugestões (que prontamente enviarei ao Sr. Gilberto Madail, claro!), para o próximo treinador da selecção, remuneração + prémios (envie o seu CV, quem sabe não será o próximo(a)).

Beijos a todas

sexta-feira, junho 13, 2008

Pic - Pic

Nestes dias um pouco ausente, devido ao avolumar de trabalho, e aos jogos da selecção claro (??!!). O calor aperta (finalmente), e a preguiça mental toma conta dos nossos pequenos momentos de ócio (muito pequenos actualmente).


Vou seguindo à distância as diversas viagens dos blogues amigos, uma reais, outras metafóricas e vou aguardando e torcendo para saber como correram. Nostálgica tenho saudades de outros aromas, de outras viagens. O tempo corre e com ele mais um aniversário daquela que foi para mim a viagem das viagens.

Em tempo de nostalgia, fomos no feriado fazer um piquenique (??!!). Há tantos anos que não fazia um piquenique!

O grupo era grande, com muitos miúdos à mistura. As mantas, as almofadas, as lancheiras carregadas de iguarias, os pratos e copos de plástico, os brinquedos, as bolas para jogar na relva, tanto sabor nostálgico.

Foi o primeiro dos pipizes. Para eles tudo novidade, não pararam de brincar com os amiguinhos, com os brinquedos dos amiguinhos e de andar de um lado para o outro. Andaram a debicar de prato em prato, e cada dia que passa é mais dificil mantê-los afastados daquelas iguarias que a mãe considera proibidas (ou seja, quase tudo que nós comemos). Adoram comer e pedir comidinha da que estamos a comer, acho que é sobretudo a descoberta dos novos sabores que os fascina.

Vimos os patos e os peixes, corri atrás deles e eles atrás de mim, e tive aqueles momentos de undercoreved relax, em que me deixei estar sentada a conversar numa aprente descontração, embora, sempre com o olho em cima deles, pronta a saltar quando me desapareciam do ângulo de visão. Iam e vinham sempre de braços abertos e sorrisos rasgados para o colo da mãe com abracinhos e as palavras mágicas - "Mãeeee"; "Mãmã".

Ao meio da tarde cansados de pura exaustão, dormiram deitados numa toalha e cobertos com os casacos, comigo sentada ao lado a velar pelo soninho e a olhar enternecida para aquelas carinhas de anjo que são os meus filhos, as minhas jóias mais preciosas.

Fazem as delícias de todos, estão a crescer serenos e meigos. Aqueles que eram uns bebés berrões estão agora mais calmos, interagem com as outras crianças com serenidade. É claro que continuam a existir aquelas sessões de choro sem nexo ao fim da tarde, há dias que estão calmos, outros estão mais chatitos.

Beijos a todas

segunda-feira, junho 02, 2008

Não sei se é de mim

Mas, todo este "show off" à volta da selecção portuguesa de futebol com carácter de palhaçada dá-me uma azia daquelas.

Não se compreende, que num país que se afunda a uma velocidade superior à do Titanic, onde nos poucos barcos salva-vidas existentes vão somente aqueles cujas contas chorudas estão bem guardadinhas em off shores, e uma grande parte da população está já perto de atingir um limiar de pobreza condizente com os países de terceiro mundo, que se faça tanta palhaçada e gasto desmedido para umas dezenas de pessoas, cujo único valor é tão só e somente andar a correr atrás de uma bola e dar uns chutos que por vezes são bem sucedidos e a dita até entra na baliza do adversário (isto já para não falar da respectiva comitiva que acompanha os ditos, que até o "chef" é do mais caro que existe).

Não concordo! Quando vejo hospitais e escolas a cairem por falta de manutenção;
Não concordo! Quando as listas de espera para cirurgias e para simples consultas de especialidade é de meses quando não de anos.
Não concordo! Quando tenho de encher o depósito de combustível do meu carro;
Não concordo! Quando pelos meus 2 filhos recebo de abono de família 40 euros;
Não concordo! Quando existem pessoas reformadas a viverem com reformas de 150 euros por mês;
Não concordo! Por tantas e tantas coisas que se as fosse dizer todas ficava aqui a escrever uma semana inteirinha.

No entanto, o povo, adora isto. Acotovelam-se para poderem nem que seja apenas vislumbrar aqueles cujos salários em conjunto deve ser superior ao PIB português. Gastam o pouco que ainda têm para ir ver passar o autocarro pago com o suor de todos nós, onde somente se vislumbram os semblantes de óculos escuros de marca, cujo valor de aquisição daria para manter quase uma família.

E acenam (os que acenam) enfastiados pelo povinho... Que maçada... Vamos lá acenar aos pacóvitos...

E pagamos nós: Os aviões fretados, os hotéis de luxos, a comitiva, os prémios de jogo, e fazem-se filas para os ver... Mas ver o quê pergunto eu? Ver o quê?

A nossa selecção porventura já ganhou alguma coisa digna desse nome? No máximo um segundo lugar no europeu de 2004, e mais o quê? Um 4º lugar no mundial? E são heróis? Heróis de quê? E quem salva vidas todos os dias? E quem descobre medicamentos que podem curar e/ou melhorar a qualidade de vida de doentes com doenças incuráveis... Esses o que são?

Quando estudava, nunca recebi prémios ou gabões por tirar esta ou aquela nota mais alta. O que recebia era um: "Ísso é o que tu fazes, e só fazes isso, por isso não estás a fazer mais do que a tua obrigação!" - e hoje em dia é por esse lema que reitero os meus princípios, o que faço tenho de fazer bem, até porque é para isso que me pagam. E se alguns conseguem fazer e também tenho de conseguir fazer igual ou melhor.

Então porquê receber em apoteose quem nunca sequer foi o melhor?

Não julguem por isto que escrevo que sou contra o futebol, antes pelo contrário, quando posso vejo os jogos e vibro também. O que acho, e isso sim, é que o que se move à volta de pessoas que simplesmente correm atrás de uma bola é muito exagerado.

Isso mesmo se demonstra naquele spot publicitário em que se vê o povinho a empurrar o autocarro pela estrada fora e os tipos lá dentro "numa boa". É de facto demonstrativo, não daquilo que pretende demonstrar, mas da mentalidadezinha que nos move. E porque não puseram os tipos a empurrar também???

Beijos a todas