segunda-feira, março 23, 2009

Os acidentes com crianças

Esta tem sido uma época negra para as crianças. De repente, parece que todos os dias vemos ou ouvimos notícias acerca deste ou aquele acidente com crianças muito pequenas.

Começamos com aquela pobre alma que se esqueceu do filho no carro; Passamos por um pai de marcha atrás a atropelar a filha de 18 meses; Por um miúdo de 19 meses a cair de um quinto andar; Outro de 4 anos a ser levado por uma onda; E a última uma criança de 2 anos a morrer afogada numa piscina.

Isto tem sido demais...

Ora eu que sou uma mãe, de per si stressada com a segurança dos infantes, ando ainda mais stressada. Eles estão numa fase muito perigosa, qualquer coisa é novidade para eles, a novidade é sempre apelativa e movem-se a um ritmo assustador.

Já abrem portas, portões, já pegam em bancos e cadeiras para chegarem onde querem, e o perigo espreita por todo o lado.

Para mim é muito dificil sair sózinha com os dois, porque eles nem sempre vão de mãozinha dada comigo, durante um tempo lá os consigo manter calmos, mas rapidamente a coisa descamba e começam a querer ir um para cada lado. E aí nem imaginam a festa...

É evidente, que ao referir-me aos acidentes acima mencionados, longe de mim querer criticar, antes pelo contrário, agonia-me pensar que a qualquer momento pode acontecer uma tragédia que pode mudar para sempre as nossas vidas. E tenho medo.

Tenho medo, porque eu também, não estou livre que aconteça alguma coisa aos meus meninos de ouro, sendo comigo ou com os outros...

As piscinas então perseguem-me nos meus pesadelos e durante o dia. Onde estão durante a semana têm piscinas, nos dois lados. Todos os dias massacro por causa disso, agora que eles sabem o que é e querem chegar perto. Assusto-os até á exaustão com todos os bichos e lobos maus que conheço, dizendo-lhes que estão na piscina, mas temo que não seja suficiente para afastar aquela curiosidade que têm... E tenho medo.

Acho que uma característica comum às mães da infertilidade será a de serem ansiosas, super protectoras, stressadas. Eu sou! Estou sempre de olho neles, tentando prever o que vem a seguir. Se se engasgam vou a correr, se caem também, em casa não tenho janelas abertas quando eles lá estão, se saio da cozinha quando estou a cozinhar fecho a porta atrás de mim. Não os deixo sózinhos durante muito tempo se ir espreitar para ver o que estão a fazer.

No entanto, tenho a noção que basta um nanosegundo para que aconteça alguma coisa, e que mesmo fazendo tudo para supervisionar, naquele nanosegundo poderá falhar a supervisão. E que vida alucinante que nós levamos, nos leva por vezes a andarmos tão cansados que podemos falhar mais do que aquilo que deviamos, e então temos situações com as que têm acontecido ultimamente...

Beijos a todas

13 comentários:

Susana Pina disse...

Amiga, compreendo-te tão bem...embora não tenha filhos, mas deve de facto ser uma grande preocupação os acidentes nesta fase em que eles estão em que tudo é noviddae e em que a palavra perigo ainda não consta dos seus dicionários. Sendo uma mãe super protectora como és, acredita que nada de mal pode acontecer aos teus meninos.
Um bj grandeeeeeee à mamã linda

Susana

Kitty disse...

Percebo perfeitamente aquilo que dizes!
Tu então, tens 2 curiosos e traquinas!
Nunca é demais estar alerta!
Beijinho
Boa semana

Uma vida (im)perfeita!!! disse...

´Como eu te compreendo perfeitamente... revejo-me em cada palavra eue escreveste em relação à protecção.
Eu também só assim, ando sempre a ver o que a Matilde anda a fazer,e nesta fase ela anda sempre a fazer as asneiritas dela.
Beijinhos para vocês,
Carla

Angela disse...

Eu ando doente com as notícias, aliás se já via poucos telejornais, agora cortei. Acreditas que perdi o apetite na semana do miúdo de Aveiro ??
Ainda ontem à noite a Oprah foi sobre esse assunto..mudei logo de canal. Desde que a Ritinha caiu das escadas que eu estou mil vezes mais protectora.Espero que passe.Acho que morria se me acontecesse algo do género.
Beijocas para vocês

Nina disse...

Confesso que dos casos que relataste só conhecia um (vê tu até que ponto tenho tido tempo para me informar!).
Também eu morro de medo que alguma coisa aconteça ao meu menino! Na 5ª, a minha afilhada/sobrinha de 3 aninhos deu uma valente queda da cama do mano, onde andava aos pulos. A consequência foi desastrosa: 3 dentinhos recuaram...mas poderia ter sido muito pior.
Chegámos a temer que houvesse traumatismos maiores, tal foi o estado em que ficou o rosto da menina. Chorei...por pena da minha menina, mas também por sentir que poderia ter acontecido ainda mais perto...cá em casa. Eu que sou tão cuidadosa, tive que reconhecer a mãe irresponsável que tenho sido. Acreditas que incentivava o meu Gui a saltar na cama, só para o ver feliz?! Comigo ao lado, é certo, mas poderia ter-lhe acontecido a ele.
Agora aprendi uma lição!
Ontem, comigo ao lado no quarto dele, só já o vejo a correr para mim com a boca cheia de sangue. Como fez? Não sei. Estava no chão a brincar e deve ter batido com a boca em algum sítio.
É uma idade muito perigosa esta que os nossos meninos de oiro atravessam e, tal como dizes, não podemos criticar este ou aquele porque o perigo espreita nos lugares mais insólitos.
Que tenhamos sempre sorte, amiga, e que os anjinhos da Guarda deles os não abondonem um só momento.
Xi coração aos 4*2

R&L disse...

Sem tirar nem pôr...
É mesmo assim, eu ando há umas 3 semanas de coração apertadinho por causa de uma desgraça que tb aconteceu a um colega meu... com a neta dele. Enfim, temos é de aprender a lidar com isto. Por vezes dou comigo a pensar... se perco um filho, não consigo sobreviver...
Enfim...

Beijocas 4x4

Lília disse...

Mas é como dizes, basta apenas mesmo um nanosegundo...
A mim aflige-me a leveza de determinados pais. Às vezes na rua vejo crianças a fazerem verdadeiros dispares mesmo em frente aos pais e eles na descontra. Fico com o coração tão apertado que tenho de acompanhar o movimento daquelas crianças que não me são nada. Se calhar um dia serei um galinácio quando tiver um filho, mas prefiro ser mãe galinha a uma mãe despreocupada. Como diz a minha mãe e bem, as crianças cegam-nos. Num segundo estão debaixo dos nossos olhos, no segundo seguinte já estão a fazer um disparate.
Fazes muito, muito bem em não facilitar. Isso para mim é que é ser boa mãe.

Beijinhos

Raio de Sol disse...

compreendo-te perfeitamente...

beijokas

neusa disse...

Compreendo-te muito bem linda beijokas:)

Bárbara - Sol e Lua disse...

Vivemos num mundo de preocupações......

Adorei o bolo e Parabéns.................como eles crescem rápido....uiiiiiiiiiiiiiiiiiii


Beijocassss

Mamã Petra disse...

Compreendo tudo o que dizes e eu sou exactamente igual, mas eu nunca sofri de infertilidade e tenho 3 com distancias grandes, mas sofro por antecipação e ando sempre com o coração nas mães.
Ser mãe é um amor incondicional e sofredor.

Beijinhos para ti e para os gemeos.

Ana disse...

Eu é com a janela da sala... ando sempre com medo...
Quanto a piscinas, na casa dos avós eles têm uma espécie de toldo que não dá para passar uma mosca por baixo, e mesmo que ela caia para cima do toldo, pode sair com facilidade.
Mas o que dizes percebo bem... às vezes agarro nela ao colo e fico com tanto medo... não sei o que seria de mim se lhe acontecesse alguma coisa...

beijocas

Sónia e MI disse...

Nunca tinha confessado isto a ninguém, ao ler-te achei-me mais normal, porque sinto o mesmo. Aliás este post poderia ter sido escrito por mim...mas sempre pensei que estivesse a exagerar e nunca escrevi nada sobre isso, preferindo deixar para o meu intímo os meus medos, mas acredita, SÃO IGUAIS!

beijinhos grandes!