Antes de iniciar o périplo das teorias, aproveito para informar que os pips fizeram ontem 16 meses.
Estão enormes, o L tem à volta de 87 cm, e a M. 86. Correm tudo, mexem em tudo e principalmente ele, só faz asneirada... Ela já fala imenso e repete tudo o que dizemos, adoro a maneira como diz "tiaaaa", "Vacaa", "Camaa", "meninaa", tudo dito de uma forma muito certinha dando enfâse à última vogal, é linda. Ele mais trapalhão, lá vai dizendo umas palavritas atabalhoadas.
Em termos verbais, ela é mais desenvolvida, em termos motores sempre foi ele o mais desenrascado e continua a ser. Sobe para cima de sofás, cadeiras, camas, a maior parte das vezes acaba estendido no chão a chorar. Pendura-se em tudo e à conta disso já levou com uma mesinha de cabeceira em cima. Não posso perdê-lo de vista um instante, e mesmo assim elas vão acontecendo.
Em termos de sono (aí vêm as teorias), também, são muito diferentes os meus filhos.
Acho muito bonito que mães, amigas minhas e não só, teorizem acerca dos maus hábitos de dormir dos filhos dos outros. Quando me perguntam acerca dos hábitos de sono dos meus filhos eu até prefiro nem falar. Aparece sempre alguém pronto a dar um palpite, e como eu não pedi nenhum prefiro ignorar.
Os meus filhos, sofreram muito com as cólicas. Principalmente a M. passava horas a berrar e a contorcer-se com as ditas. Apesar disso, conseguíamos que tivesse um sono mais ou menos certinho à noite.
Já o L. sempre foi um bebé que apesar de não ter tantas cólicas como a irmã, sempre teve um sono muito instável, acordava e acorda muitas vezes durante a noite, chorava, queria companhia. Claro que numa fase inicial, a pessoa levanta-se 15 vezes durante a noite para ir acalmá-lo na caminha dele, mas depois, já derrotada pelo cansaço, a pessoa começa a trazer o puto para a nossa cama, e ele sossega, e nós sossegamos, e todos ficamos contentes.
Neste cenário, aos 3 meses tínhamos os putos a dormirem no seu quartinho, os dois, só que a verdade é que passávamos a noite em romaria, porque o L. acordava a chorar, a M. também acordava e tinhamos o circo montado várias vezes por noite. A coisa foi-se aguentando até que eu comecei a trabalhar a tempo inteiro outra vez. Depois disso, tomou-se a decisão de separar os gémeos... E os pais... Um fica num quarto com um, o outro com outro... (A mim calhou-me o jovem L. que dorme mal como o caraças...)
A psicologia é muito bonita... Mas é quando não se tem de trabalhar ao outro dia, ou não se tem trabalho de responsabilidade...
Evidentemente esta solução, apesar dos contras que tem, é uma solução boa para todos, porque conseguimos dormir umas horas seguidas, e até já umas (poucas) noites seguidas. É muito bonito ouvir mães cujos filhos dormem toda a noite desde os 2, 3 meses dizerem que se deve fazer assim e assado.
A verdade é que cada criança é um caso, e não devemos generalizar. Lembro-me de uma altura em que andava à procura de textos sobre "cosleeping", e encontrei um texto de um dos gurus da pedopsiquiatria americana, basicamente do que me recordo, e que foi realmente aquilo que achei importante foi o homem dizer que quando tinha tido o primeiro filho tinha seguido todas as teorias à risca, e tinha dado tudo errado. Então quando teve o segundo filho, comprou a cama maior que conseguiu encontrar...
Às mães que têm sorte que os filhos durmam toda a noitinha nas suas caminhas sem um suspiro sequer: Parabéns!
Às outras mães, cujos filhos acordam várias vezes por noite (o meu ainda esta noite acordou às 4 queria festa, dei-lhe leite às 5, e ele ficou acordado até às 6, e eu também), tenham paciência não estão sózinhas...
Beijos a todas