Não sei. Falta-me um sentido, um tacto
Para a vida, para o amor, para a glória...
Para que serve qualquer história,
Ou qualquer facto?
Estou só, só como ninguém ainda esteve,
Oco dentro de mim, sem depois nem antes.
Parece que passam sem ver-me os instantes
Mas passam sem que o seu passo seja leve.
Começo a ler, mas cansa-me o que ainda não li.
Quero pensar, mas dói-me o que irei concluir.
O sonho pesa-me antes de o ter. Sentir
É tudo uma coisa como qualquer coisa que já vi.
Não ser nada, ser uma figura de romance,
Sem vida, sem morte material, uma idéia,
Qualquer coisa que nada tornasse útil ou feia,
Uma sombra num chão irreal, um sonho num transe.
Álvaro de Campos
quarta-feira, maio 31, 2006
Antologia
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8 comentários:
Adorei ter falado contigo hoje. Espero em breve ter a oportunidade de te conhecer pessoalmente.
Bjs docinhos
Cláudia
Muito bonito...
Infelizmente muito verdadeiro!
Beijinho
Mas q poética q tu estás!!!
Acho q compreendo o q queres transmitir com este poema...Por isso, força amiga!
Beijinhos grandes
Alexandra
Obrigado pela visita.
O poema é muito bonito, mas achei também engraçada a descrição do tua aventura para fazer a histeroscopia. A minha não foi tão engraçada!! Em que hospital andas?
Espero voltar a "falar" contigo.
Beijinhos grandes
:)
Bjs grandes,
Raquel
Toca a animar, miga!!!
Beijinhos docinhos!!!
Apesar de o poema ser lindo, não te quero assim depré ouvi minha linda!!!! Toca a sorrir e a ler coisas mais alegres!!! Estamos entendidas menina!?!?!
Beijocas grandes
Vim aqui deixar um beijinho do dia da criança.
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