quarta-feira, outubro 10, 2007

"nascer prematuro"

Durante o tempo que estivemos na neonatologia, posso dizer que aprendi muita coisa. De facto, só quem passa por um serviço destes, tem noção de como é possível a vida humana ser ao mesmo tempo tão frágil e tão resistente.



Com os pipizes fora de perigo, pude "relaxar" um pouco mais, e pude começar a olhar ao que se passava à minha volta. Aos outros pais que ali estavam horas a fio, como eu, a guardar as incubadoras dos seus bebés. O que vi, deixou-me estarrecida. Existiam ali seres humanos tão, mas tão pequenos que julgava não ser possível existirem, quanto mais estarem vivos.



Bebés nascidos com 26, 28, 30 semanas de gestação, uns ventilados e cheios de tubos e sensores, outros somente com tubos e sondas... Impressionante, os meus perto daqueles eram uns gigantes e estavam definitavemente desenquadrados, e o meu sofrimento perto daqueles pais que ali viam os seus pequenos filhos a lutarem desesperadamente pela vida, um dia atrás do outro, uma semana atrás de outra era pequeno, muito pequeno.


Quem já passou algumas horas num serviço de neonatologia sabe que naquelas horas “mortas”, em que os bebés estão todos a dormir, aquele zumbido das incubadoras é bastante relxante para quem anda esgotado, e ao olharmos os bebés adormecidos, ao sentirmos o calorzinho da sala e ouvirmos aquele barulho, só apetece deitar e dormir também.


Nas horas das mamadas tudo se altera, o serviço parece uma colmeia que ganha vida de repente. Acendem-se as luzes, ouve-se o choro dos bebés, e vê-se uma grande azáfama de volta das incubadoras. Na maior parte estão lá as mães, ou os pais, ou ambos. No entanto existem aqueles abandonados pela vida e sorte que estão sózinhos, ao cuidado das enfermeiras, e que sózinhos permanecem durante horas e dias, porque ninguém está para perder grande tempo de volta deles, são condenados… Até para nascer é preciso sorte.


Durante os dias que por lá estive, existiram alguns episódios que me marcaram, falarei apenas de alguns para não ser exaustiva, porque poderia falar de eventos mais ou menos agradáveis durante horas a fio.


A Isabelinha era uma menina nascida com 29 semanas de gestação, já estava lá no serviço há 1 mês quando entraram os gémeos. Nasceu com 850 gramas de peso. Na altura estava já com 1300 grs. A mãe da Isabelinha era daquelas que estava lá de manhã à noite, tinha uma filha de 3 anos e era a minha “vizinha da frente” da M., a Isabelinha estava bem, respirava sem nenhum tipo de auxílio e estava só a aprender a “mamar” e a ganhar peso, mesmo assim era pequena, muito pequena. A mãe esforçava-se por lhe dar os míseros 20 ml por biberão, mas ela raramente conseguia mamar até ao fim, o resto lá tinha de ir pela sonda. Estava lá no dia em que pela primeira vez conseguiu mamar tudo até ao fim, foi uma alegria… Estava lá também quando a passaram da incubadora para um berço, outra vitória e outra alegria.


Outro bebé que estava lá nascido com 26 ou 27 semanas de gestação, micro, muito micro, não teve a sorte da Isabelinha, esse estava noutra sala, e apesar de estar lá já há algum tempo, o veredicto não era nada favorável. Estava lá por perto quando ouvi a médica dizer aos pais que ele teria lesões cerebrais irreversíveis. Fiquei gelada, não consegui evitar as lágrimas que me começaram a escorrer pela cara abaixo, fui para as minhas incubadoras e pedi com todas as minhas forças para nunca ter de ouvir um veredicto daqueles. Não consegui imaginar a dor daqueles pais ao saberem que o seu filho teria à partida, muito poucas chances de ter uma vida normal.


O caso que mais me impressionou foi o da Inês, menina nascida com o tempo de gestação todo mas com uma deficiência cardíaca grave, teria de ser sujeita a uma cirurgia de alto risco que teria de ser realizada no HSJ, estava ali apenas a fazer exames e a curar uma infecção grave que tinha apanhado. Para além do problema cardíaco tinha uma deficiência cromossomática, o que a impediria de, caso sobrevivesse, de vir a ter uma vida normal. Era uma bebé linda, gordinha. Era das abandonadas pela vida e sorte, nunca tinha ninguém com ela. E como se não bastasse o saber que o mais provável era ter poucos dias de vida, iria ter um sofrimento atroz numa cirurgia (a meu ver descabida porque sem grandes esperanças), aquela criança só tinha as enfermeiras para tratarem dela. Não tinha a mãe nem o pai, que devem ter preferido ignorar os seus problemas do que ficar um dia atrás do outro ao lado de uma filha que se sabia iria perecer ou na melhor das hipóteses iria ser um ser dependente e com graves problemas para o resto da vida. Era muito raro aparecerem por lá, acho que só os vi uma vez.


Tinha uma pena infinita daquela menina, mas ninguém se podia chegar perto dela, ou melhor dizendo, nos serviços de neonatologia ninguém pode andar a pairar pelas salas ou ir espreitar as outras incubadoras, temos de nos limitar às nossas, o que é muito correcto. Por isso, todos sabiamos da história da Inês, mas ninguém lhe podia dar um afago de carinho ou sequer ir vê-la ou falar com ela.


Perante estes cenários acho que me consciencializei que estava a ser lamechas demais, os meus pequenos estavam bem, eu dentro do possível estava a recuperar bem, e realmente dentro de tudo o que tinha acontecido tinha tido uma sorte incrível: Fiz uma FIV, engravidei de gémeos, um rapaz e uma rapariga, consegui aguentar a gestação até ás 36 semanas, tive 2 bebés grandes e eles estavam ali “alive and kicking”, e sobretudo ao que tudo indicava saudáveis e muito perfeitos. Era (sou) de facto uma pessoa com muita sorte.


Dediquei-me a gozar os meus bebés, e a apoiar quem precisava do meu auxílio. Quem me conhece sabe que sou extrovertida e durante os dias que estive na neonatologia e depois quando estive na fototerapia, conheci muita gente e conheci muitas histórias, posso gabar-me, ainda hoje quando vamos à maternidade do pessoal nos vários serviços se lembrar de mim e dos “gémeozinhos” (forma como eles os tratavam). As médicas ainda hoje, quando eles vão às consultas, dizem carinhosamente “os meus gémeozinhos”.


Quando saímos da neo, passamos para uma outra sala de cuidados intermédios, onde estavam os bebés a fazer fototerapia, os bebés que como os nossos estavam a terminar medicação ou aqueles bebés que estavam abandonados à espera que a Segurança Social os encaminhasse. Era a sala onde os bébés vinham receber os primeiros tratamentos depois de saírem do bloco de partos e antes de serem entregues às mães.


Felizmente, quando entramos estava só lá uma bebé a ganhar peso, e nos dias seguintes iam entrando uns para a fototerapia, outros com mazelas pós parto, mas na generalidade não estavam lá muitos o que me deixava mais sossegada. Primeiro por causa das doenças, segundo porque em termos de segurança, aquilo era menos restritivo que a neo, e tinha medo que alguém “arrancasse” com as minhas pérolas.


Enquanto lá estive apareceu um bebé que foi abandonado, tinha 2 meses, a mãe foi lá levá-lo, porque ele estava com o rabinho completamente em “carne viva”, e nunca mais apareceu, o petiz chamava-se Ivo, era louraço de olhos azuis, muito giro, e berrava como um possesso, passava o dia a berrar, não se calava com nada. As enfermeiras punham-no sem fralda com pomadinha e com o rabinho para o ar a apanhar o sol que entrava pela janela, para ver se cicatrizava o rabito, mas aquilo devia doer horrores ao petiz.


Este serviço era menos restritivo que a neo, ali estavam os bercinhos uns ao lado dos outros e iamos vendo e “olhando” pelos outros bebés quando as enfermeiras não estavam e os pais também não. Foi ali que dei banho aos gémeos pela primeira vez, e foi ali que eles usaram as primeiras roupinhas, não as deles, mas as do hospital porque não se podia levar nada de fora. Daí que andavam com roupas que eram doadas ao hospital e com fraldas do tamanho 2 porque eram as que existiam na maternidade, ainda assim, as enfermeiras sempre que chegava roupa da lavandaria deixavam-me escolher as “melhores” e mais bonitas para eles, eram uns doces.
Ali, compreendi também que se luta com dificuldades nas maternidades portuguesas, porque toda a boa vontade não chega, e se não fossem donativos de particulares e empresas e do próprio pessoal, aqueles bebés que ali estão internados teriam só “farrapos” para vestir porque o orçamento não chega para comprar roupa para os bebés, no entanto, o regulamento não autoriza os pais a levarem nada… É irónico. Compreendi também, que muita gente voluntariamente dá dias da sua vida, que poderiam ser passados de forma vazia, a ajudar a maternidade e aqueles bebés mais necessitados, fazem-se enxovais para bebés ali. A mãe que lá chegue sem nada saí de lá com tudo para o bebé, e infelizmente são muitas. As enfermeiras tiram do seu salário dinheiro para comprar lã, e as voluntárias fazem carapins, casaquinhos e calcinhas para dar aos bebés e para uso geral.


É incrível a forma carinhosa como os bebés são tratados, já nem falo dos meus porque nós estavamos lá sempre metidos e eles só de noite é que precisavam de mais atenção por parte do pessoal de enfermagem, mas falo de meninos como o Ivo por exemplo, posso dizer-vos que o miúdo berrava , berrava e berrava, e que nunca ouvi uma palavra mais exasperada por parte das enfermeiras, tinham lá uma espreguiçadeira e estavam sempre a abanar o Ivo enquanto davam o biberão a outros bebés.


Passados uns dias já eramos “tu cá tu lá”, e os pipizes eram o “ai jesus” do pessoal, eu já cirandava por lá para dar uns abanões ao Ivo quando elas estavam ocupadas e os meus estavam a dormir e nas horas mortas dávamos 2 dedos de conversa. Quando viemos embora, as enfermeiras e as voluntárias ofereceram-nos uns carapins para cada um: “Para recordação” disseram elas… E como recordação estão guardados junto com as pulseirinhas do nascimento e as placas que tinham nas incubadoras a dizer “1º gémeo” e “2º gémeo” e as primeiras roupinhas que eles vestiram por breves instantes.


Já lá voltei para dar roupas dos pipizes que não servem, e tenciono voltar a dar mais roupa, porque está nova e servirá para vestir bebés que como os meus lá estão internados ou cuja família tenha necessidade, e é melhor do que ficar a “mofar” dentro de uma caixa.
De uma coisa tenho a certeza, se tivesse algum tempo livre, era lá ou noutro sítio semelhante que o passaria.

Beijos a todas


PS: A Inês, soube mais tarde que sucumbiu aos 2 meses de vida, depois de uma cirurgia de 9 horas ao coração, à qual sobreviveu. Morreu de outro tipo de complicações, sózinha. Os pais foram levantar o corpo e devem tê-la enterrado como indigente num cemitério qualquer. Apesar de tudo foi um final feliz para ela...

PS2 Para quem não reparou a título tem o link de um blog sobre prematuros, passem por lá, ficam com uma idéia do que estou a falar.

38 comentários:

O Nosso Costume disse...

Realmente somos umas sortudas e os nossos bebés também!!!
São estas histórias que nos fazem repensar na nossa vida!!
Beijos do meio do Atlântico!!
Sani

R&L disse...

Pois, num hospital privado nunca temos noção dessa realidade. Há sempre bebés que permanecem sozinhos, mas de vez em quando lá aparecem os pais. Enfim, as dificuldades a nivel de roupas não existem e outras tantas "situações" não acontecem. Normalmente não nos conseguimos aperceber dos diagnósticos dos outros bebés... É uma realidade cor de rosa e virtual, mas na minha opinião, bem mais soft para quem acaba de passar por um periodo de uma forma ou de outra algo complicado.

Beijos 4x4

Nina disse...

E eu que vinha aqui, apenas, para te deixar um beijinho e te agradecer o comentário deixado no meu cantinho, saio daqui a chorar!
É o que eu digo, sempre! ´Por pior que seja a nossa história, há sempre histórias piores do que a nossa e é nelas que devemos retirar ensinamentos, força e agradecer!
A tua história era bem pior do que a que tive naqueles 5 dolorosos dias no hospital...a tua, bem melhor do que a do Ivo, ou da Inês(embora, pense como tu: acabou por ter sorte!)!
E as histórias da nossa vida também seguem este rumo(lembras-te do que te dizia há dias?!)...
Beijinhos grandes dos 3/4
P.S: quem sabe, um dia, não venhamos a fazer parte destas almas que tanto ajudam os outros!(é o meu sonho, desde tenra idade!)

Anónimo disse...

Boa tarde, parabéns pelo blog que desconhecia mas vou passar a "ver" atentamente. Sou enfermeiro de uma UCIN e o autor do blog ser prematuro que refere no post. Obrigada pela "publicidade" ao blog que eu faço em dedicação a todos os pais de bebés prematuros e não só ...
Fica o convite a todos(as) os visitantes deste blog a passarem por lá e caso estejam interessados(as) a colaborar..
Paulo Silva

Uma vida (im)perfeita!!! disse...

Não tenho palavras para te descrever o que senti ao ler este teu post. Realmente temos muitas Graças a dar a Deus. A minha sobrinha também esteve na neonatologia durante 7 dias e a minha irmão quando chegava a casa à noite vinha sempre com a lágrima nos olhos por deixar lá a nossa princesa. No entanto, dizia-me que haviam lá bebés entregues às enfermeiras o dia inteiro.
Se eu pudesse acredita estava sempre do lado desses anjinhos tão desprotegidos.
Beijinhos cheios de carinho para os três.
Carla

Anna72 disse...

Obrigada por partilhares connosco esta experiência. Por muito que nós possamos imaginar como é nunca teremos noção da realidade e testemunhos como o teu são muito úteis.

Já tinha visto uma reportagem sobre os enxovais e a abnegação desses profissionais de saúde que são verdadeiramente merecedores do uniforme que envergam.

A forma como relatas tudo o que passaste e observaste é serena mas ao mesmo tempo espelha uma realidade dura. Infelizmente nem todas as crianças têm a sorte de ter pais como os do L. e da M. É muito triste...

Beijocas para ti e para os "gémeozinhos" guerreiros ;)

Unknown disse...

tenho acompanhado o relato e as lágrimas teimam e rolar pela minha cara...


Beijos Nossos

Sónia e MI disse...

As lágrimas não puderam deixar de me chegar aos olhos. Passei pela neonatologia pelos problemas de respiração da Mi, as 10 horas de vida. Cada caso que referes me fez lembrar os que por lá vi. Até o da menina que esteve sózinha; havia um menino nas mesma condições ao lado da Mi.

São episódios, vivências que nos marcam para sempre e que nos fazem crescer como ser humano.

beijos muito grandes, estamos, finalmente, de volta!

Bem Me Queres disse...

Simplesmente não consigo escrever nada....as lágrimas dominam-me!

Sem Desistir disse...

Como referis-te e bem "Até para nascer é preciso sorte!"
Sem mais palavras...bjs

Barriguita disse...

DEIXAS-ME SEMPRE DE LÁGRIMAS NOS OLHOS... recordo os 5 dias do Pedro na neonatologia. O que para mim era o fim do mundo, para algumas mães que lá estavam era algo bem fácil. Nunca cheguei a ver o Pedro na incubadora, esteve sempre no berço e era irónico tê-lo ali, tão grande e rechonchudo, ao lado de bebés minúsculos e tão prematuros...
Admiro as enfermeiras... o carinho que dão aos bebés. Cheguei a falar com elas sobre isso e uma deles disse-me que não conseguiria trabalhar noutra unidade... "aqui lutamos pela vida!"
apesar de tudo, tivemos sorte. e é isso que nos torna fortes e nos faz dar mais valor à vida.

beijocas

tixa disse...

Minha querida fiquei com o coração apertadinho... estou de partida para a minha 2ª FIV em busca do sonho... e o medo aperta...e se...
Mas são relatos como os teus que me dão forças... e me fazem acreditar... obrigada...sem palavras...
Um bj enorme

Co(S)mic Gal disse...

Não imaginas sequer o que realmente se passa....
Tão pequenos e tao indefesos...
*Beijo *

Susana Pina disse...

Mais uma vez estou lavada em lágrimas.
Nós nem temos a noção da realidade da vida.
Estou com uma enorme vontade de ir a essa maternidade e encher aquelas crianças de mimos de afecto, de beijos, de roupa, de tudo, tudo o que elas merecem e que nunca tiveram oportunidade. E quantas maternidades? E quantas crianças existem por aí? Meu Deus, estou enternecida com o teu post.
É uma lição de vida, o que nos deixas aqui. Tantas vezes damos importância a coisas tão minimas...
Um bj muito doce, para a mamã e para os meus sobrinhos lindos
Susana

Kitty disse...

As emoções baralhadas...
Os olhos húmidos...
Ainda hoje recordo o Ludgero (não sei se se escreve assim) que conheci na neonatologia durante um estágio em 1992, filho de uma mãe adolescente e com problemas psiquiátricos. Pegava-se nele com uma só mão...
São momentos que marcam...

Beijinho

Anónimo disse...

Boa noite, venho mais uma vez dar-lhe os parabéns pelo blog. Adorei este seu testemunho e gostaria muito, caso concorde, de o publicar no meu blog ou então colocar um link para o seu blog.Aguardo resposta.
Paulo Silva
serprematur@clix.pt

Anónimo disse...

Ops,
só queria corrigir o mail:
serprematuro@clix.pt

R. disse...

Que post magnífico, como aliás é teu hábito! É verdade que não podemos sempre saber tudo, que não podemos conhecer todas as realidades, mas a questão está em, quando confrontados com elas, as expormos ao mundo para que outros a conheçam. E isso tu fizeste divinalmente!

Obrigada!

beijo grande

Unknown disse...

Obrigada por partilhares connosco a tua história de vida...
beijinho

Mocas disse...

Muito comovente o teu depoimento. Muito mesmo.

Um beijinho

Mocas

Ana disse...

Na maternidade apenas passei duas noites, sendo que a primeira foi a que a Nô nasceu... Apenas conheci a minha companheira de quarto e o Diogo o seu bebé.
Cada dia acho que tive mesmo muita sorte... a minha filha nasceu saudável e teve alta muito antes de mim, come bem, dorme bem e posso ir a todo lado com ela a reboque que ela é uma querida...

Beijocas para os gémeosinhos :****

Unknown disse...

Senti-me muito emocionada ao ler este teu post. Não pude evitar q as lágrimas me caíssem, e mais ainda qd fui ler o blog Nascer Prematuro e conhecer algumas das histórias de sucesso. Infelizmente nem todas as histórias têm um final feliz.
Um beijo grande
Alexandra

Lita disse...

Fiquei muito emocionada ao ler as tuas palavras. Deste um belo testemunho da fragilidade da vida e de quão importante é a estrela que nos acompanha, desde o início! Até para nascer é preciso ter sorte, tens toda a razão!

Um beijo grande para ti e para os teus bebés.
Lita

cris disse...

É tão cruel saber que nem todos têm a companhia daqueles que mais deveriam amar aqueles seres.... até para nascer é preciso ter sorte.
Beijos inconformados com esta realidade

Unknown disse...

O amiga
Este post tocou-me muito...
A pessoas com muita sorte na vida e tu e eu fomos umas delas..

è impressionante o que a vida faz á algumas pessoas..

Um grande beijo e obrigada pr tudo..foste de facto fabtastica neste post..
beijos
yami

1gota disse...

Já há muito tempo que não vinha cá...E estive a ler os últimos posts dos primeiros tempos dos gémeos.
Emocionei-me ao ler a tua história, a luta de tantos, os dias sem fim.
Parabéns pelos teus meninos lindos que são uns lutadores como a mãe! :)

:*

Mariazinha disse...

Olá

Li todos os teus post do teu parto e com enorme emoção foram e são uns grandes pais que sofreram bastante,mas hoje têm a vossa recompensa os vossos filhos, lindos e com muita saude.

Obrigada por teres partilhado a vossa experiência com todos nós.

Passa no meu cantinho tens lá um minho para ti.

Beijocas e muita Felicidade para voçes os 4

Mariazinha

Luna disse...

lindo o que descreves-te, sniff fiquei com lagrima no olho
bjos
Luna

Anónimo disse...

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