sexta-feira, outubro 27, 2006

Sexo?...

Não, Não pensem que eu depois de velha e neste estado em que me encontro vou fazer uma post "Hard-core". Nada disso, ainda vão ter de esperar um pouco para terem um post meu "apicantado", mas também existem centenas deles que descrevem "a coisa" muito melhor do que qualquer "dirty movie", que podem ser consultados.

Do que vou falar é de clichés, "lugares comuns", "frase feitas".

Todas sabemos, que as raparigas/mulheres quando atingem um determinado estado etário, são confrontadas pelos seu entes conhecidos (familiares, amigos e reles conhecidos) com a seguinte pergunta: "Então e tu quando casas?" - partindo estas pessoas do principio que é um dado obrigatório e adquirido o casamento. E se as pobres por qualquer motivo não casam e fazem o gosto ao pessoal, serão inquiridas até aos restos dos seus dias, tendo em consideração que quanto maior for a idade, maior será a crueldade dos comentários que se juntam à simples pergunta.

Ora, se se prossegue para o dito enlance, temos que surge inevitavelmente outra pergunta, e existem até pessoas que no dia do casamento, não deixam de a fazer: "E filhos para quando?" - também aqui, partindo do pressuposto que o casal em questão é obrigado a ter filhos, isto quer queira quer não, e pior ainda, como todas sabemos - Se os pode ou não ter - é claro que nesta fase as nossas respostas ainda são ingénuas e até nós julgamos que fazer um filho é chapa 5. Mas não é disso que vou falar (até porque todas nós sabemos bem demais o significado da palavra infertilidade). Claro que essa pergunta, bem como a outra anterior sobre o casamento, se vai tornando mais e mais insistente à medida que passam os anos, e chega, quantas e tantas vezes cheia de segundos sentidos e palavras maldosas.

Quando por fim, se consegue o casamento e os ditos rebentos, eis que surge um outro cliché: "Então já sabes o sexo?" - A pessoa, chega de uma consulta, duas consultas, três consultas, e as pessoas não querem saber se as crianças estão bem... Querem saber qual é o sexo... Ora, e também aqui não se admite que a pessoa tenha o direito de optar por saber ou não saber, ou até que nem queira saber de todo.

Isto tudo para vos dizer minhas queridas amigas, que eu não quero saber o sexo dos meus pipis, não quero saber se são gajos ou gajas ou até um casal. Quero e isso sim, em primeiro lugar que sejam... Depois se conseguirmos que sejam, que sejam saudáveis e perfeitos, e por fim que consigamos criar pessoas de bem. A única verdadeira surpresa que a vida nos pode fazer é esta, quero aproveitá-la até quando puder, e depois eu amo estes pequeninos seres sejam eles o que forem.

Ah, e não esquecendo que quando nascem os pimpolhos, a pergunta que se faz de seguida, é inevitável: "Então e o segundo quando vem?" - se bem que no meu caso, o pessoal vai ficar um bocado baralhado, porque, a correr tudo bem, serão dois, então já não me podem perguntar pelo segundo, será que vão perguntar pelo terceiro??? Vai ser duro...

É claro, que na sua maioria as pessoas não fazem por mal, é só um sentimento instituído, a que ninguém consegue fugir. E nós muitas vezes também não. O que é certo é que é assim mesmo, não conseguimos evitar.

Beijos a todas e bom fim de semana

quarta-feira, outubro 25, 2006

Flores de Aço

"A bondade dá-se com doçura, gentilmente, caindo como pequeninas sementes, ao longo do caminho - e enchendo-o de flores."

Este post, é um post adiado. É algo que já deveria ter sido escrito há algum tempo, mas por um motivo de força maior, ficou adiado. Não ficou esquecido, não ficou desprezado, ficou simplesmente adiado.

Este excerto inicial, é de um livro, que me foi dado por uma amiga, e que outra amiga da blogosfera tem outro igual, e é, a meu ver exemplificativo da amizade que temos vindo a construir ao longo de alguns meses. Essa amizade, não é feita de coisas grandiosas, não é alimentada todos os dias com grandes encontros, não é uma amizade comum, ela é feita de pequenos nadas, todos os dias, e é feita da comunhão da partilha de sentimentos tão particulares que só quem se encontra dentro deles consegue partilhar.

Conheci mais uma amiga da blogoesfera, que ansiava há muito tempo por conhecer. Uma amiga de grandes e pequenos momentos, de bons e maus momentos. Adorei conhecer a nossa Cris.

Ainda me lembro da primeira vez que ouvi a voz desta amiga ao telefone... Lembras-te cris?

Juntamente com ela, fizemos uma visita à nossa amiga Tica que estava (e está) a passar um momento bastante penoso nesta luta tão desigual. Foram momentos muito agradáveis que espero repetir em breve. Obrigada amigas pelo vosso carinho! Sempre tão presentes, ainda que distantes.

Quanto à minha "mega" viagem, estou em mais um aeroporto de escala, e estou em casa. Fui fazer a amniocentese aos meus dois viajantes, para saber se eles são giraços e saudáveis como a mammy e o pappy, e aguardo uns dias para voltar ao trabalho.

O exame, em si não custou muito. Mas o receio que sentia era mais do que muito, porque confesso que ando um bocado psicótica com todos os eventos negativos que têm acontecido por cá. Ainda não ando na fase de montar uma "banquinha" algures, porque não decidi ainda se é melhor ir para a porta do hospital ou para a porta do meu meu médico. Mas, confesso que me tenho contido para não cometer excessos...

Tenho uma admiração extraordinária por todas mulheres que encaram as adversidades mais horrendas, caem e se levantam de seguida prontas para a luta, e daí o título do meu post. Elas são as verdadeiras "Flores de Aço", e existem muitas por cá. A elas, quero prestar a minha homenagem, e mais uma vez reafirmar o meu orgulho em ser mulher.

Somos seres sublimes sempre prontas a lutar por aquilo que pretendemos, somos construtoras de quimeras, tão depressa estamos de rastos, como voltamos em grande estilo. Enfrentamos o mundo, se preciso fôr, para prosseguirmos os nossos objectivos, ainda que eles sejam algo tão insignificante como comprar um vestido. E quando a vida nos coloca à prova, quando julgamos que não vamos conseguir dar nem mais um passo, eis que nos reerguemos das cinzas e voltamos a atacar. É BOM SER MULHER!

Beijos a todas

segunda-feira, outubro 16, 2006

O insustentável peso da realidade

Quando pensei escrever um post hoje, longe de mim pensar que o iria escrever sob um sentimento de tristeza tão profunda, mas a vida não os pertence e a verdade é que devemos vivê-la um dia de cada vez, sem fazermos grandes planos para o futuro, ainda que seja ele tão próximo como amanhã.

Menos de um mês depois mais um sonho que escapou por entre os dedos de uma amiga, mais um terrível desfecho para uma bonita história, mais uma vez luto na alma e no coração...

Não consigo e não sei expressar aquilo que sinto tal foi a dor que tomou conta de mim quando soube...

Sei que nenhuma palavra do mundo vai conseguir encontrar o caminho do coração da nossa amiga neste ou em qualquer outro momento, só espero que ela consigo de alguma forma prosseguir...

Beijos a todas

quinta-feira, outubro 12, 2006

O prometido...




A mamã apresenta:

Em cima os 2 Pipis, com destaque para o Pipi "exibicionista" do qual podem ver os bracinhos e as perninhas, o outro Pipi está de costas;

Em seguida, temos o Pipi "exibicionista" e "last but not least" o Pipizinho "tímido".

Desculpem a demora mas isto tem sido uma correria muito grande.

Beijos a todas

quarta-feira, outubro 04, 2006

Outra vez os Pipis

Na segunda-feira lá fui outra vez ver os meus Pipis. Fui fazer a eco das 12 semanas. Não vim cá antes contar os pormenores, primeiro porque tenho tido montes de trabalho, e segundo, porque a médica que me fez a ecografia era muito pouco comunicativa e eu saí de lá um pouco baralhada, e só quando falei com o meu médico fiquei mais sossegada, e soube os pormenores.

Os Pipis estão bem, tenho um Pipi "exibicionista" (como a mamã) e outro tímido (como o papá). Isto porquê? Porque durante o pouquíssimo tempo que me foi permitido ver os meus filhos, o gémeo nº 1 (é assim que lhes chamam os médicos) estava eufórico a dar aos bracinhos e ás perninhas, tipo a fazer pose para a foto. Ora o gémeo nº 2, mais recatado, estava de costas voltadas para o pessoal. Uma ternura...

De resto, estão com uma idade ecográfica superior à gestacional, o que só pode significar que vão ser uns Pipis grandinhos como os papás. O Pipi "exibicionista", o mais pequeno, tem 60 mm e o Pipi "tímido" tem 64 mm, o que demonstra que enquanto o outro se exibe e se cansa, ele aproveita para se banquetear sózinho e cresce mais...

As medidas da nuca também estavam bem, e ao que parece são uns belos Pipis.

Hoje fui fazer a primeira colheita para o Rastreio Pré-Natal integrado, para vermos qual é o risco dos Pipis terem alguma anomalia genética. esta colheita, juntamente com a eco e com a segunda colheita, determinará se vamos fazer a Amniocentese ou não.

Vou ver se o papá faz um "scan" da eco para vocês verem os Pipis ao vivo e a preto e branco.

Beijos a todas